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domingo, 7 de outubro de 2012

FC Porto 2 - 0 Sporting (Crónica)



20 minutos de bom Porto.







Objectivo cumprido. Mais 3 pontos e liderança conquistada. Já se sabia que não iria ser fácil, este Sporting gosta de lamber as feridas frente ao FC Porto. O que não se esperava era tão pouco FC Porto e tanta incapacidade para dar a volta ao texto e matar o jogo. O FC Porto jogou 20 minutos. O quanto bastou para este Sporting.






No último artigo de opinião do Walter Casagrande aqui na Tribuna Portista, intitulado Stockton/Malone (ver aqui), retive a seguinte frase: “Vejo uma equipa forte, capaz de se bater com qualquer equipa extra Barça, Real ou Bayern, mas capaz de não desbloquear jogos com Académicas, Nacionais ou Moreirenses”

O jogo de ontem foi isso mesmo. A fórmula inicial foi a mesma do jogo frente ao PSG. As substituições também foram as mesmas, embora a de Mangala não tenha coincidido nem no tempo, nem na tarefa a cumprir. A qualidade de jogo é que foi bastante diferente. Culpa do Moreirense!

Este Moreirense veio ferido e com a lição estudada. Apresentou um 11 de combate. Quase só malta de barba rija e de alguma experiência feita. Da tão badalada academia do outro lado do Tejo, sobreviviam no 11 inicial o guarda-redes e o defesa direito (porque não há melhor!). Uma dupla de centrais catedrática na arte de rachar lenha, um meio campo de volta ao que de melhor Domingos por lá deixou e um flanco esquerdo com trancas à porta constituído por dois defesas laterais. Foi esta a remodelação oceânica!

Ou seja, até Oceano, percebendo o perigo da criatividade de James, aproveitou o facto de este estar amarrado a um flanco. Vai daí, constrói uma muralha para o segurar. Também percebeu que com Fernando o FC Porto pressiona mais alto. A solução seria tentar prender Fernando mais atrás e com isso recuar o meio campo do FC Porto. Para isso, coloca Izmailov a 10, sabendo bem o quanto o FC Porto está escaldado com o russo. É nestes dois pilares que este Moreirense constrói a sua visita ao Dragão. Quanto ao resto, é bater, bater mais e o jeito calimero de ser para finalizar. Podia ser que desse certo.

Só não deu certo porque o FC Porto entrou com o embalo do PSG e aproveitou as ansiedades inicias dos de Alvalade, após mais um terramoto para os lados do Campo Grande. É um FC Porto forte e pressionante que ganha o controlo da partida. Logo ao segundo minuto, Moutinho ensaia um remate perigoso. Cinco minutos depois, Jackson fica isolado após mau alívio de Schaars, mas deixa-se apanhar pela dupla de centrais do Sporting e remata pressionado para defesa apertada de Patrício. Grande perdida e Jackson ainda em ritmo de América Latina. Dois minutos depois, James consegue um remate de ressaca que passa ligeiramente ao lado.





Até que ao décimo minuto de jogo, o FC Porto tem o corolário da sua entrada no jogo. É um lance que traduz bem o que seria o jogo. Danilo não tem progressão pelo seu flanco, onde habitam dois laterais do Sporting. Flecte para o meio, onde não havendo quem pegasse na “batuta”, decide ser ele a picar directamente para a desmarcação de Jackson entre os centrais adversários. Jackson recebe com o joelho e de costas para baliza, dando, de seguida, de calcanhar sem deixar cair a bola no chão. Sem hipóteses para Patrício. Golo soberbo!




Grande movimento de Danilo a procurar uma solução de progressão e um passe teleguiado com precisão milimétrica. A execução de Jackson é talento da América Latina mas a ritmo Europeu. Mais um grande golo do 9 do Dragão. Após o golo, o FC Porto continuou a pressionar. Ao minuto 12, Lucho remata do meio da rua para intervenção apertada de Patrício.

Até que Maicon se lesiona e abandona o terreno de jogo. Mangala é mobilizado de urgência, mas não entra de imediato. Os dois/três minutos que decorreram entre a saída de Maicon e a entrada de Mangala mudaram o cariz de jogo. Durante esses escassos minutos, Fernando ausentou-se do meio campo e assumiu a posição de central ao lado de Otamendi. Tempo suficiente para o meio campo adversário subir no terreno e Izmailov acordar para o jogo. Quando, ao minuto 18, Mangala entra em campo, o jogo já não era o mesmo. 

O Sporting apresentava no Dragão um 4-3-3 puro que começou por emperrar a máquina de pressão do FC Porto. Izmailov já obrigava Fernando a maior vigilância e Lucho não perigava a dupla Schaars e Elias. Nos flancos a situação estava igualmente bloqueada. Alex Sandro tinha que mater Carrillo debaixo de olho e Varela voltava ao cinzentismo exibicional. No flanco direito, já se sabe, James não é extremo e Danilo enfrentava um duplo bloqueio com Insúa e Pranjic.

O FC Porto só volta a criar perigo ao minuto 29 e de bola parada. Otamendi, após um canto, cabeceia ao lado em posição privilegiada. Três minutos depois, Varela ganha o primeiro lance no seu flanco, mas cruza muito mal com Jackson e Lucho no coração da área. Aos 35 minutos, livre de Moutinho e Otamendi, de novo, a cabecear ao lado. Finda-se, assim, a produção ofensiva do FC Porto na primeira parte.

Até ao intervalo, quem cria perigo é o Sporting que já estava em crescimento na partida. Primeiro, Izmailov desmarca van Wolfswinkel, mas Otamendi faz uma óptima recuperação e bloqueia a progressão do holandês. Depois, é o próprio Izmailov quem protagoniza o lance, mas Danilo dobra os centrais e corta. Finalmente, a um minuto do intervalo, Pranjic ganha a linha de fundo e serve Cédric à entrada da área, mas o seu remate é bloqueado por Fernando.

Vítor Pereira continuou a seguir o seu plano PSG, mesmo tendo o Moreirense pela frente. A segunda parte é exemplo disso. Não espanta que a chave do jogo não saia do banco Portista, mas do banco verde e branco.

Ao minuto 54, uma raridade, Alex Sandro consegue combinar com Varela e progride pelo flanco. Boulahrouz e Cédric atrapalham-se no corte e o lateral toca a bola com a mão na área. Penalti evidente, mas Lucho falha a conversão e acerta no poste. 

O Sporting volta a congelar o jogo e aos 59 minutos, Izmailov tem nova oportunidade, mas Otamendi volta a mostrar autoridade. Dois minutos depois, centro de Pranjic e van Wolfswinkel não acerta na bola. Até que Oceano põe o seu dedo no jogo. Nesse mesmo minuto, Oceano retira Izmailov e coloca Adrien no seu lugar. O Sporting ofensivamente morria. O FC Porto volta a respirar melhor e a ganhar total domínio a meio campo.






Aos 62 minutos, James volta a aparecer no jogo. Novo remate violento a passar ao lado. Dois minutos depois, Vítor Pereira decalca o jogo do PSG. Sai Varela e entra Atsu. Atsu, tal como tinha feito contra o PSG, dá nova vida ao flanco esquerdo e começa a criar perigo, juntamente com Alex Sandro. É, no entanto, no flanco direito que o FC Porto vai criando maiores desequilíbrios. Em quatro minutos, Moutinho e James são derrubados pelo jogo violento de Rojo que não deixa ao árbitro solução senão expulsá-lo. Calimero chora, mas bem sabe o que fez.




Aos 74 minutos, imperturbável, Vítor Pereira continua o seu decalque do jogo frente ao PSG e retira Lucho por Defour. Com Kelvin no banco para explorar a superioridade numérica, acaba por entrar Defour. Até que aos 79 minutos o azar bate à porta e Alex Sandro abandona o terreno de jogo por lesão. Estava reposta a igualdade numérica e o Sporting ainda via no 1-0 uma possibilidade de levar um ponto do Dragão. Aos 80 minutos o empate esteve próximo. Livre à medida de Pranjic, mas uma defesa superior de Helton evita o golpe de teatro.

Até que ao minuto 82, finalmente, o golo que acaba com o jogo. Canto na direita e combinação entre Moutinho e James. Moutinho cruza e Mangala, de cabeça, atira à trave. A bola ressalta do travessão para a zona de acção de Jackson na área do Sporting. Jackson, de frente para a bola e para a baliza, é derrubado Boulahrouz e o penalti é bem assinalado. Já sem Lucho em campo, quem avança é James para selar o 2-0 no marcador. Jogo ganho, finalmente!

Até ao final, destaque para um remate de Fernando do meio da rua a rasar o poste de Patrício.

Mais um jogo ganho por serviços mínimos. Vinte minutos de Dragão e o resto a viver dos erros alheios.

Não ia ser um jogo fácil, mas o decalque do jogo do PSG só prejudicou o desenvolvimento do jogo do FC Porto.

Enquanto Oceano apostou no seu 10 a 10 foi tendo, através disso, perigo no jogo. Vítor Pereira escondeu o seu 10, uma vez mais, no flanco e ele quase que passou ao lado do jogo. Não creio que Izmailov defenda melhor que James e, seguramente, a dupla Moutinho e Fernando são superiores no aspecto defensivo a Schaars e Elias. Ainda assim, e retirando os 20 minutos iniciais, só quando Oceano desfez esse trio é que o FC Porto voltou a estar realmente seguro na partida. Sintomático!

Chora calimero! Chora! Tens um Oceano de lágrimas para chorar!



Análises Individuais:

Helton – Seguro nos cruzamentos e atento nas saídas. Uma vez mais, mostrou o bom jogo de pés que tem. Ao minuto 80 evita o golpe de teatro.

Danilo – Com o jogo no seu flanco bloqueado, virou à esquerda, ou seja, para o centro. James não é extremo para lhe abrir caminho e Oceano colocou-lhe duas pedras à frente. Esta solução interior de Danilo é interessante e uma raridade em laterais, mas muito mais eficaz se alternada com um jogo exterior poderoso. Grande assistência para Jackson.

Alex Sandro – Não foi o seu melhor jogo, mas foi sólido a defender. Pouco afoito a atacar. Varela não estava inspirado e não deu para mais. Ainda assim, numa subida sua ganhou um penalti. Saiu por lesão o que é preocupante para as próximas partidas.

Maicon – Estava a fazer um bom jogo e a não dar hipótese ao avançado contrário, quando teve que abandonar o jogo por lesão. Mais uma baixa de peso.

Otamendi – O melhor em campo. Com a saída de Maicon assumiu os galões e limpou tudo! Excelentes cortes e sereno nos tempos de entrada. Fez um jogo muito mais controlado e isso notou-se na qualidade do seu jogo. Pena foi que não tenha feito golo numa das suas subidas à área contrária. Grande jogo!

Fernando – Vinte minutos iniciais de alto nível. Após uma entrada forte, teve que fazer uns minutos a central devido à lesão de Maicon e quando voltou à sua posição, já Izmailov se tinha libertado da sua camisa-de-forças. Manteve a pressão e nunca deixou o russo totalemente à sua vontade. Acaba o jogo em grande com um pontapé fulminante.

Moutinho – Tal como Fernando, começa o jogo em grande estilo, mas depois começa a ter mais dificuldades perante Elias e Schaars. Lucho não dava criatividade e essa dupla avançava sobre Moutinho. Nunca desistiu e manteve o trabalho de formiguinha que o caracteriza. O seu talento foi demasiado para Rojo.

Lucho – Passou ao lado do jogo. Não foi muito produtivo a defender ou a atacar. Não conseguiu prender Elias lá atrás e isso avolumou o trabalho de Moutinho.

James – Basta percorrer o jogo e percebe-se logo que esteve, uma vez mais, escondido. Não por opção própria, mas por opção táctica. Começa a roçar o absurdo dizer-se que James não defende. Ainda neste jogo, mostrou coração e qualidade na hora de defender. Frieza no penalti e mais um golo no saco.

Varela – Que saudades de van der Wiel! Aquele que ia e que não voltava. Sem capacidade de explosão para surpreender Cédric e sem consistência técnica para conseguir flanquear o jogo do FC Porto. De volta às exibições cinzentas. Cinzento carregado!

Jackson – Tem que ser mais felino no aproveitar do erro adversário. Aquele lance aos 7 minutos tem que ser golo. Vai chegar lá e tem qualidade para isso. Um golo que é um tratado de técnica e de faro de golo. Quanto ao resto, mais um jogo em que jogou muito isolado. Os flancos não funcionaram e no meio campo não havia quem chegasse perto.


Mangala – Entrada a frio, mas plena de classe. Seguro e rápido sobre a bola, fez de van Wolfswinkel o que quis. E nem uma falta despropositada para a amostra. Merecia aquele golo que a trave rejeitou. Poderoso!

Atsu – Ganhou aos pontos a Varela. Também não era difícil! Precisa de ser mais eficaz e objectivo.

Defour – Entrou para falso extremo direito e acabou a defesa esquerdo para suprir a lesão de Alex Sandro.



Vítor Pereira: 

«Depois do jogo de quarta-feira, tivemos um jogo que exigiu consistência defensiva. No ataque tivemos alguns momentos de qualidade e estou satisfeito pela qualidade da exibição e com o resultado.»

Sobre a melhoria da equipa com as substituições:

«Não fui eu que dei a volta. Os jogadores é que jogam e encontram soluções. Entrámos muito fortes, marcámos e depois o Sporting passou a dividir o jogo. Quando foi chamado a intervir, o Helton mostrou que é um guarda-redes de grande nível. Recordo-me de duas situações em que garantiu o nulo na nossa baliza. Na fase final podíamos ter definido melhor as situações de ataque para fazer mais dois ou três golos. Seria, porém, demasiado penalizador para uma equipa que tem qualidade e bateu-se bem.»

«Quando colocámos um jogador mais rápido, na cabeça das pessoas o jogo torna-se mais profundo. Não acho. O Atsu é explosivo, estava fresco e entrou bem, mas estou satisfeito com o que o Silvestre Varela fez.»

«Foi um jogo seguro, com várias ocasiões de golos, não permitindo ao Sporting, tirando este livre, bem marcado, ocasiões. Estou satisfeitíssimo com os jogadores, estão de parabéns. Satisfeito com o comportamento e com a união. Os adeptos também merecem, as nossas claques têm-nos apoiado sempre e merecem esta vitória».

Repetiu pela primeira vez o onze. Foi o onze ideal?

«Para este jogo foi».

Gostou do gesto técnico de Jackson no lance do primeiro golo?

«Não me surpreende porque ele faz aquilo muitas vezes nos treinos, é natural».

O F.C. Porto continua com os mesmos pontos do que o Benfica, mas ganha pontos ao Sp. Braga

«O importante é somar três pontos. É o nosso trabalho, é a nossa obrigação, foi o que fizemos».

Jackson:

«Pensei logo em resolver de calcanhar»

«É um passe do Danilo e a bola vem pelo meio, quando eu fico de costas para a baliza penso logo em resolver o lance de calcanhar. Golos bonitos? O importante é que marques e que a equipa some pontos. O importante é que a cada dia temos de ser melhores no que fazemos»

«Eles estiveram bem, tiraram-nos a bola durante muito tempo, mas nós sabíamos que aguentando a pressão, em três quartos do campo, podíamos sair e marcar. O exemplo de Falcao? Neste momento penso apenas em ajudar a equipa.»



FICHA DE JOGO:

FC Porto-Sporting, 2-0

Liga, 6.ª jornada

Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 38.909 espectadores


Árbitro: Jorge Sousa (Porto)
Assistentes: Bertino Miranda e Rui Licínio

FC PORTO: Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Alex Sandro; Fernando, Lucho e João Moutinho; Varela, Jackson Martínez e James
Substituições: Maicon por Mangala (17m), Varela por Atsu (66m) e Lucho por Defour (75m)
Não utilizados: Fabiano, Castro, Kleber e Kelvin
Treinador: Vítor Pereira

SPORTING: Rui Patrício; Cédric, Boulahrouz, Rojo e Insúa; Cshaars, Elias, Pranjic; Izmailov, van Wolfswinkel e Carrillo
Substituições: Izmailov por Adrien (60m), Rojo por Jeffren (75m) e Elias por Viola (85m)
Não utilizados: Boeck, Xandão, Rinaudo e André Martins
Treinador: Oceano Cruz

Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Jackson Martínez (10m) e James (84m, pen.)
Cartão amarelo: Lucho (24m), James (26m), Schaars (34m), Carrillo (40m), Fernando (40m), Izmailov (51m), Pranjic (65m), Adrien (67m), Rojo (69m e 72m), Boulahrouz (83m), Elias (83m) e van Wolfswinkel (88m)
Cartão vermelho: Rojo (72m)






Por: Braogán

11 comentários:

  1. Boas ,

    Antes de mais 3 pontos.

    Depois de o grande jogo de 4ª feira o Porto entrou muito bem pressionando e dominando os primeiros 20 minutos. Depois do golo o Porto baixou as linhas, no meu entender sem sentido, os passes começaram a falhar, a pressão deixou de existir, e é aí que temos que melhorar. Não pode acontecer, somos superiores, independentemente do cansaço que pode existir, temos que como disse VP depois do Rio Ave continuar a procurar o 2º golo.
    Relativamente as queixas dos calimeros, comecei a ficar preocupado quando o arbitro começou a distribuir cartões aos jogadores do Porto logo no inicio do jogo o que penso que tambem nos limitou ... os penaltis são claros, a expulsão ja deia ter sido mais cedo, por isso os calimeros continuam a chorar ... e se não se põem finos ainda vão lutar para não descer de divisão.
    O golo do "Action" Jackson ... fabuloso !!!! e penso que com mais meia duzia de jogos vai melhorar ainda mais ... temos ponta de lança.

    Um abraço

    http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.pt/

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  2. Bom dia,

    Ontem tivemos uma entrada forte na partida e obtivemos a vantagem. Depois dominamos e controlamos o jogo.
    Na segunda parte voltamos a entrar fortes, e foi com naturalidade que obtivemos o segundo golo.

    Pena foi que Jorge Sousa tenha efectuado uma má arbitragem. Muitos amarelos, dois penaltis duvidosos a nosso favor, sempre a quebrar o ritmo de jogo etc.

    O dérbi merecia um melhor árbitro, que não fosse na manhosice do jogador típico do nosso campeonato que se atira ao tapete mal sente o calor humano.

    O Sporting pode observar que existiram penaltis duvidosos, mas sem qualquer influência no resultado.

    O Sporting não criou uma única oportunidade de golo.
    Sinceramente esperava um Leão mais bravo, a querer mostrar valor.

    Mas foi um Sporting amorfo.

    Ao FC Porto aponto novamente o erro de depois da vantagem cair no marasmo e não resolver logo a contenda.

    Quanto aos jogadores, estiveram bem colectivamente, com Jackson a apontar mais um golo de belo efeito.
    James cada vez mais cimenta a sua posição no plantel, Varela está em boa forma e Moutinho é aquela máquina, sempre com o eucalipto Fernando a secar tudo à sua volta e Lucho a comandar.

    Danilo e Alex Sandro muito bem no papel de laterais, a saber temporizar o seu jogo ofensivo e defensivo.

    Excelente ambiente nas bancadas. A família azul e branca está com a equipa.
    Estamos em evolução e isso distingue-nos dos adversários que já estão espremidos.

    Abraço e boa semana

    Paulo

    pronunciadodragao.blogspot.pt

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  3. Mais uma boa cronica do Breogan.

    Lembrar que o FCP teve jogo muito exigente há poucos dias atras...

    Numa perspectiva diferente gostei bastante do artigo do Walter Casagrande.

    Gostava da opinião do BREOGANsobre o Iturbe e Kelvin sobretudo o primeiro.
    Parece-me o Iturbe jovem com muito potencial mas muita imaturidade competitiva que precisa muito da B e de quem o ajude a crescer.
    E qual o melhor lugar para as suas caracteristicas ?
    E para o Kelvin?
    Ao Kelvin a B também só faz bem parece-me.

    E já agora o que pensa de Seba?

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  4. No Iturbe vejo um extremo para explodir para a baliza. Um pouco à Hulk, mas ao contrário deste, não um jogador para receber no pé, mas para ser lançado no espaço. Creio ser essa a maior limitação de Iturbe, neste momento. Ainda não é um jogador plenamente confortável com a bola no pé, sem embalo e num curto espaço de terreno.

    Kelvin é bem diferente. É bola no pé, finta curta e drible em espaço curto. Hoje, para mim, no flanco tem liberdade para poder potenciar as suas qualidades e poder crescer. Não excluo a hipótese de se poder jogar em zonas mais interiores, mas para isso precisa de crescer muito a nível táctico e de ser um jogador mais confiável na posse de bola.

    A equipa B é um espaço de crescimento bom, mas não deve ser local de avaliação. As exibições na equipa B, pelas limitações de treino e da própria equipa, pelas características da competição e pela inconstância na presença nessa equipa, não podem ser tomadas como algo mais do que uma partida para evoluir.


    Quanto ao Sebá, bom jogador, mas muito pouco competitivo. Tem boas bases físicas e técnicas, mas não é um jogador consistente. Além disso, não creio que esteja a ter uma utilização correcta na equipa B. Recebe frequentemente de costas para a baliza do adversário, quando toda a sua potência física e capacidade técnica pedem para receber na progressão.

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  5. Nao quero criticar o jogo de ontem, foi o jogo mais fácil que o Sporting terá nos próximos tempos e mesmo com uma derrota parece que saiu do Dragao com uma vitória moral, ao contrário do Porto que parece que só uma goleada era um resultado aceitavel.
    Mas preocupa-me que este inicio esteja a ser um continuar da época passada, existem sempre desculpas para exibiçoes menos conseguidas. Na época passada era a falta de ponta de lança, as entradas frouxas nos jogos que fazia com que os golos surgissem tarde prejudicando a tranquilidade da equipa. Agora sao as entradas fortes com golos cedo que fazem a equipa descansar cedo demais, é a falta de motivaçao para os jogos do campeonato, é o cansaço dos jogo europeus. Isto preocupa-me muito, porque nao sei até que ponto estas desculpas sao interiorizadas pelos jogadores e equipa técnica e nao sao atacados os problemas reais que a equipa tem quando joga contra adversários mais fechados.
    Cumps

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  6. Breogan já que se fala da B diz me se assim o entenderes 3 jogadores que te agradem nesta equipa.

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  7. Stefanovic.

    Para mim, o único já em condições para saltar para a equipa A. Aproveito para afirmar que temos um quadro de GRs muito interessante. Temos dois talentos com óptimas características físicas para a posição e um senhor das balizas (Helton). Nos últimos tempos andava preocupado com essa posição. Porque não via muita qualidade para lá de Helton e porque no lado vermelho da segunda circular começava a ver profundidade na posição. Retomamos a dianteira.


    Mikel.

    Para mim, uma grata surpresa. Tem potencial, tem técnica e tem tido evolução. Precisa é de responsabilidade. Tem que lhe ser dada a responsabilidade de primeira construção. Só assim vai evoluir.


    Dellatorre.

    Não é um avançado centro, é mais um segundo avançado, mas creio que se fizer dupla com Vion ou Sebá na frente pode render muito mais. É bom jogador e muito completo.

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  8. Então é caso para dizer que só por estes tres já se justifica a existencia da B.
    E se pensarmos que Iturbe e Kelvin podem crescer neste espaço.
    Não há esperança para Tiago Ferreira e Sergio Oliveira a nivel do FCP na tua opinião ?
    E já agora há um de que gosto:Diogo.

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  9. Apoio o projecto da equipa B e espero que seja aprimorado no futuro.

    Tornar a equipa mais pequena, mas mais rica em talento.


    Esta época é um "ano zero".


    Quanto ao Sérgio, o seu problema é ele próprio. Só depende dele para ser um jogador competitivo e com objectivo concreto de se tornar melhor a cada treino.
    Já o Tiago, tem que assumir mais o papel de capitão e jogar menos de pantufas e mais de chuteiras. Tenta jogar bonito demais, ser pouco faltoso e com muito estilo em campo. Tem que jogar mais "à Porto" para ser central para o FC Porto.

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  10. 29/09/2012
    Arrancou projecto social

    O projecto Dragon Force Social deu hoje o primeiro passo, no Vitalis Park, com a selecção das crianças das instituições convidadas. Esta iniciativa pretende oferecer a crianças desfavorecidas a pratica desportiva, com o carimbo de qualidade do FC Porto.

    Entre as 15h00 e as 18h00, foi organizado um torneio na escola mãe Dragon Force, no Vitalis Park, envolvendo as 13 Instituições Particulares de Solidariedade Social convidadas e as mais de 100 crianças institucionalizadas.

    As IPSS foram recebidas às 14h30 pelo responsável operacional da DF Porto Manuel Castro e pela mediadora socioeducativa Daniela Freitas. As crianças foram encaminhadas para os balneários e receberam uma t-shirt Dragon Force. Em cada balneário estavam águas Vitalis e um cesto de fruta.

    Ao som do hino do FC Porto e acompanhadas pelos treinadores DF, foi realizada a entrada em campo de todas as crianças.

    Os treinadores DF, juntamente com alguns elementos do departamento de scouting do FC Porto, estiveram atentos ao desenrolar dos jogos com o objectivo de seleccionarem as crianças mais talentosas. Esta selecção será alvo de análise da coordenação técnica e posteriormente divulgada às IPSS.

    No final da tarde foi realizado um lanche convívio entre todos os envolvidos, crianças, educadores, responsáveis das instituições e treinadores.

    As IPSS que participaram fora: Instituto Profissional do Terço, Colégio Barão Nova Sintra, Casa do Vale, Casa de Cedofeita, ACISJF, Aldeias SOS, Associação Protectora da Criança, Lar Juvenil dos Carvalhos, Tenda do Encontro, Centro de Acolhimento Mãe d`água, Lar Marista de Ermesinde, Fundação Lar Evangélico Português e Obra do Padre Grilo.
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    Com iniciativas destas e doutras, pelo que vou lendo aqui - salientar também eu a capacidade de analise do Breogan - e pelo que vou acampanhando do nosso futebol juvenil, este apesar das criticas ( por vezes justas e oportunas ) vai no sentido positivo, há ali uma ideia, um caminho.

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  11. Dentro das DF é o projecto que, para mim, tem maior interesse.

    Primeiro, porque é uma ideia inovadora. É um método de prospecção arrojado.

    Segundo, porque muitos destes miúdos já comeram o pão que o diabo amassou. Para eles, as DF não são mais um passatempo (caro) que os papás arranjaram para tolher os seus filhos e para que estes, um dia, possam dizer que, de uma forma ou de outra, já jogaram no FC Porto.
    É a oportunidade de uma vida.

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