quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A nobre arte de perder!



Nessa entrada de leão
De semblante Ninjutsu
Um rosto tapado, cru
Corre ‘alameda do Dragão!

E espera hostilidades
De peito feito, furtivo
Um leão de alto crivo
Pródigo em “cordialidades”

E chegado ao Dragão
Trajado de negritude
Uma vítima, quem acude!?
Emboscado sem razão!

Uma centena, ceifada
De belos rapazes do coro
Que juntos, luziam ouro
Corridos, pois, à pedrada!

Por esses aldeões, malévolos
Que grotescos, mentecaptos
Fizeram do grupo, farrapos
Que nisto fugiam, incrédulos!

Rapazes bons da cidade
Não fazem mal a uma mosca
Gente da claque, s’aposta
Em sua plena mocidade!

Qu’o diga o bom do Manha
Nesse Jornal de respeito
Da Cofina, sem despeito!
Era do Macaco, a façanha!

E julgados no pasquim
Por esses actos condenados
Os Super-Dragões recordados
Nessa vergonha…Enfim!?

A cabeça, como incha!?
E não é só o lampião!
Desta vez até o leão
Tem uma cabeça que pincha! 

Queriam batatas, vencer!
Ir ao Dragão, pr’a ganhar!
O Manha queria lucrar…
Pr’a essa capa vender!

Mas outra capa saiu 
A do comunicado chorão
C’o ataque ao leão
C’o Calimero carpiu:

Qu’eles não sabem ganhar!
Serão sempre pequenos!
E as nossas tarjas, perdemos!?
Só nos apetece chorar!

E o balneário vazio!?
Sem televisões, gravadores?
Só com cadeiras, sem estores!?
E o ambiente…tão frio!?

E a recepção à chegada?
O Bruno só, sem comendas?
Sem hostilidades, ou prendas?
Perdendo’o jogo, que maçada!?

Somos Viscondes, citadinos!
Vós sóis provincianos!
Aldeões, “matarruanos”!
Que tanto vencem, pequeninos!…

Mas a grandeza é de leva
Não de vencer, por costume
Pois que perdendo, s’assume
Esta nobreza da gleba!

Dos tempos da outra Senhora
Que por decreto e por arte
O nosso símbolo, estandarte
Vencia a rodos, outrora…

C’o a música, com violinos
Engrandecidos, correctos
Sobr’os saloios, insurrectos
Qu’aí já eram pequeninos…

E depois, esta estranha liberdade
Com novos conceitos, lições
Esse acesso às multidões
A vitória como possibilidade?

Esta estranha democracia
Em qu’os pequenos já vencem
Qu’os aldeões, nos convencem
Que fomos grandes, um dia?…

E que pequenos, conquistem!?
Ganhando muito, sem mais
Sem estilo ou arte, boçais…
E mais vencendo, resistem!?

E nós leões, estes Reis!
Viscondes, Marqueses, Duques!
Tod’a a panóplia, Arquiduques!
Perdendo em grande… Cruéis! 


Por:  Joker

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Manha Casuals.


Ainda sou do tempo em que antes de comprar um jornal desportivo olhava para a capa.

Sabia que Abola estava colada ao Benfica, o Record guinava para o Sporting e OJogo pró-Porto mas confesso que tinha (talvez ainda tenha!) enorme tolerância para ler jornalismo tendencioso.






Hoje em dia desapareceram as palavras jornalismo e tendencioso. A crise financeira e a clubite (talvez mais a primeira do que a segunda) fizeram com que desaparecesse o critério do ver capas antes de comprar um dos jornais. Isto, porque se deixou de fazer jornalismo e deixou de haver tendência.







É mesmo não jornalismo declarado de forma organizada.

O único jornal que tenta estar bem com Deus e o Diabo é OJogo. Ainda assim intuo que é mais por interesses da Controlinveste do que por amor à isenção no jornalismo.

Ainda sou do tempo dos primórdios do debate desportivo com comentadores afectos aos 3 grandes. Julgo mesmo que quem dá o pontapé de saída nos paineleiros foi a TSF no início dos anos 90.

Julgo que o programa se chamava Painel mas tenho a certeza de quem eram os intervenientes. O Porto estava representado pelo António Tavares Telles, o Sporting por José Manuel Freitas e o Benfica por João Querido Manhã. Moderador: David Borges.

Tenho, portanto, para cima de 20 anos a conhecer o personagem que Amanhã de Manha (sem til) arquitectará mais uma fabulosa capa para o jornal da Cofina.

Como comentador de futebol sempre me maçou. Percebe-se que se tentava preparar e documentar para o que ia fazer.

Acho é que o Manha nunca percebeu que o espectador, para além das opiniões tacticas e arbitrais, não está muito interessado em saber quantos golos de cabeça a Académica marca entre o minuto 30 e 40 nos últimos 4 anos ou a média de cantos que o Beira-Mar teve nas 2ª partes das 2ª voltas do campeonato.

Imagino-o a comentar de portátil em riste ou com toneladas de papel pronto para dar aquilo que ele julgava ser um valor acrescentado para a transmissão.

Imagino-o a procurar furiosamente quantos cartões amarelos o Rodrigo Galo teve em jogos em casa e a perder alguns dos lances que era suposto comentar.

É alguém que tenta dar uma imagem de profissionalismo não sabendo, por ignorância ou incapacidade de ler o mundo que o rodeia, o que é que deve fazer na sua profissão.

É um benfiquista como o Barbas, o Máximo, o Artur Semedo. Vive e sofre os resultados do seu clube com a mesma intensidade.

É um anti-portista como Rui Gomes da Silva e Leonor Pinhão.

Nada contra. Tem os requisitos adequados para dirigir um jornal que só vende no mercado não portista.

Eu, patrão da Cofina, procuraria sempre um benfiquista com compaixão pelo Sporting e que fosse anti-portista.

Eu, director do jornal da Cofina, procuraria sempre salientar notícias do FCP que agradassem aos adeptos que me comprassem o jornal. As piores possíveis!

Só que eu, director do jornal da Cofina, perceberia que para vingar no lugar não podia dele fazer um lugar de vingança.

Os patrões da Cofina perceberão rapidamente que se o CV do João Querido Manha preenche, (como preenchiam Rui Cartaxana, João Marcelino, José M. Delgado e Alexandre Pais) os interesses da administração, ele tem uma outra agenda, mais pessoal, que não consegue abafar.

Todos os anteriores directores são membros de uma claque afinada que perpassa administração, redacção e público-alvo do jornal.
A Cofina pensa que nomeou para o lugar um membro da Juve Leo ou dos No Name Boys.
É isso que eles querem e é isso que este tipo de jornal pede.

Enganam-se. O Manha não é de claques. É um Casual.

Partilha os mesmos interesses e antipatias mas tem uma agenda muito própria. Vai cumpri-la mesmo que o tente não fazer. Doa a quem doer. Está-lhe no sangue.

Vejam a inenarrável capa de hoje que está para lá do que se imaginaria ser possível.






Imagino a cara do António Varela, do Luís Pedro Sousa, do Bernardo Ribeiro e do José Ribeiro. Imagino a cara da redacção inteira ao ver o contraponto entre o destaque do Casual Manha e as notícias que durante toda a manhã saíam no jornal Abola (até estes!), no mais futebol, na RTP.






Há um exército que tem um General Sniper.
Uma claque organizada comandada por um dos Casuals.

Por isso dou arrisco dar uma de Maya.

A Cofina tem um estômago heterógeneo. Conseguem ter um jornal com Pedro Santos Guerreira à frente e outro com Octávio Ribeiro mais os casamentos do Diogo e os divórcios da Barbara.
Cabe lá gente competente e profissional e cabem líderes de claques organizadas.

Não caberão Casuals muito tempo e o Manha já é velho para mudar para a claque.

Mais manhã menos manhã vai-se o Manha.

Quando todas as portas se fecharem há uma que estará sempre aberta. Mesmo para um Casual.

A do INE.



Por: Walter Casagrande



terça-feira, 29 de outubro de 2013

Símbolos à Simplício: Ases da Constituição Futebol Clube

Nome: Ases da Constituição Futebol Clube
Fundação: 1984
Localização: Porto





É possível sentir o bater do coração portista mais forte que na Constituição? Esse mítico epicentro de onde já saíram grandes vitórias, tardes de glória e esperanças de futuro?

O Ases da Constituição só poderia ser um símbolo à Simplício. Só podia!

O futebol deste símbolo à Simplício é puramente amador. De domingos à tarde com amigos e após almoçaradas.

Soube bem este regresso aos terrenos míticos da Constituição.

Mas este não é o único ás de trunfo na manga. O próximo será surpreendente, creio.


Por: Breogán

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Liga Zon/Sagres 8ªJ - FC Porto 3 - 1 Sporting: Carne moída


Retirado de Fotos da Curva





Vitória justa, merecida e sem qualquer contestação. O FC Porto ganha pela raça da sua equipa, por saber cerrar os dentes quando foi preciso e porque a sorte também nos protegeu.






Comecemos pelo adversário, para logo passarmos ao que interessa. Este é um típico felino do circo. Só come bife ou carne moída para não estragar os dentes. Este ano, tem um rugido mais cavernoso e já caçou dois ou três ratos, por isso já se acha o rei da selva, mas não deixa de ser um leão do circo. Flácido, melancólico e, até, eminentemente manso.

Foi este o nosso adversário. Por isso mesmo, menos se compreende certos períodos do jogo do FC Porto.

O FC Porto entra a todo o gás. Pressionando a saída de bola do adversário e cavalgando sobre a conquista. O felino do circo, assustado, refugia-se no fundo da jaula, com o rabo tolhido entre as pernas. São 10 minutos de elevada pressão, com Herrera a dominar todas as transições. O FC Porto inclina à esquerda e faz desse flanco o seu corredor preferido para o ataque. Numa dessas investidas, Herrera serve Alex Sandro que é derrubado na área por Maurício. O FC Porto sai na frente, merecidamente.

Mas eis que surge uma das más facetas deste FC Porto. Com a vantagem na mão, o FC Porto deixa de pressionar e alivia a pressão sobre o meio campo adversário. De alívio a adormecimento é um passo e o meio campo do FC Porto deixa de carburar. Herrera soma passes falhados, Lucho desaparece de jogo e só Fernando luta contra o meio campo de meninos do adversário. Até ao intervalo, o FC Porto só voltaria a causar perigo em dois remates de fora da área, primeiro por Josué, depois por Lucho.

O adversário vai vencendo o seu temor. Lembra-se que até já caçou uns ratos e tenta chegar-se à frente. A qualidade do seu jogo é baixa, mas com uma frente de ataque aberta, sempre vai incomodando, embora sem fazer mossa até ao intervalo.

O descanso faz muito mal ao FC Porto. Ainda tem um lance flanqueado por Varela, logo no reinício e um canto onde Patrício quase oferecia um golo, mas o meio campo continua o seu afundar e segue o somatório de passes falhados. Previsível, mas sem anúncio prévio, o adversário empata, numa lance fortuito e facilitado em demasia. O leão do circo parece mais animado, enquanto o FC Porto reencontra-se com os seus fantasmas.

Mas quando já se previa uma via-sacra até à vitória, Danilo encontra um atalho. Um minuto depois, o lateral solta-se e chega ao ataque. Com um movimento interior causa o desequilíbrio e fuzila Patrício. Golaço!


Retirado de: Fotos da Curva




Com a vantagem no marcador, Paulo Fonseca faz duas substituições que indiciam a nova forma de actuar do FC Porto. Retira Josué e coloca Licá. Tenta abrir um flanco, até então estagnado, dando-lhe profundidade e velocidade. Depois retira Herrera e coloca Defour. Alivia o meio campo portista de uma torrente de passes falhados por parte do mexicano e aproxima Defour de Fernando. 





O FC Porto vai recuando, convidando o leão do circo ao ataque. O recuo do FC Porto leva o adversário a acercar-se da nossa baliza e, por duas ocasiões, Helton salva um novo empate. Leonardo Jardim ainda arrisca mais metendo Vítor no lugar de André Martins, mas o golo da tranquilidade portista chegaria três minutos depois. Mais um lance flanqueado pela esquerda, com Varela a acelerar o jogo e Jackson a servir de extremo. Contra-ataque puro e duro, com o golo do descanso a carimbar o jogo. Leonardo Jardim logo desfaz o que havia feito e, temendo levar mais que contar, tira Carrillo e mete Magrão no jogo.

O adormecimento do FC Porto após o 1-0 é preocupante. Ao ponto do golo do empate já ser previsível, mesmo não tendo o adversário criado muitos lances de perigo. O nosso jogo a meio campo parou e o ataque só existia pelo flanco esquerdo. Tal paralisia podia-nos ter custado caro. E já não é a primeira vez, aliás, é quase todas as vezes.
Mas, para mim, ver a equipa recuar após o 2-1 foi ainda mais dilacerante. Eles ainda cheiraram o golo, o que revelou que nada aprendemos do empate.

Foi uma boa vitória, mas no essencial, os problemas do FC Porto mantêm-se. O jogo flanqueado depende da capacidade ofensiva dos laterais e o meio campo não tem capacidade de controlar um jogo durante 90 minutos. Por fim, a nossa criatividade na zona 10 é lastimável. Jackson alimenta o ataque e ainda tenta chegar para finalizar. Incrível.

Retirado de: Fotos da Curva





Quanto ao felino, lá seguiu com o seu circo, de aldeia em aldeia. Dizem que voltam a armar a tenda na aldeia do Campo Grande já no próximo fim de semana. Lá foi, caladinho e de queixo caído, entre palhaços e trapezistas. Terão voltado os dias de carne moída?
Ah! Bom Natal!








Análises Individuais:

Helton – Tem algumas responsabilidades no 1-1, mas limpa a folha salvando dois golos certos. Segurou a vitória!

Danilo – Mais defensivo que o habitual, pela presença do extremo contrário. Tratou de meter o Carrillo no bolso, não dando qualquer hipótese ao peruano. No ataque, quando subiu causou perigo e marcou o golo da noite!

Alex Sandro - De volta às grandes noites, tomou conta do seu flanco e anulou Wilson Eduardo. Incisivo no ataque, é uma investida sua que dá o 1-0. Uma dor de cabeça constante para o lateral contrário. Tecnicamente, é um tratado.

Otamendi – Perdeu-se em falhanços, devidamente intervalados com dois cortes determinantes. Nos últimos jogos anda a falhar em demasia. Está a fazer falta parar para pensar.

Mangala – Começou no mesmo tom que Otamendi, mas logo afinou por outro diapasão. Marcou a preceito Montero e sai de jogo com uma nota muito positiva.

Fernando – Largos minutos suportando o peso inteiro do meio campo. Voltou a mostrar que a 6 é rei e senhor em Portugal e arredores.

Herrera – 10 minutos de muito bom nível, procurando a redenção da infantilidade no último jogo. Depois, uma torrente de passes falhados, até se eclipsar do jogo. Desapareceu de tal forma que o nosso meio campo nem atacava e pouco defendia. Saiu tarde demais.

Lucho – Nunca vira a cara à luta e está lá sempre pela equipa. É o 8 que esta equipa precisa, mas tentam fazer dele um jogador que nunca foi e já não vai a tempo de ser. Soube aproveitar uma pinga de criatividade e de esforço lançada por Varela e Jackson para matar o jogo.

Josué – Naquela posição jamais vai ser jogador para o FC Porto. Não tem arranque, nem progressão com bola controlada para ser falso extremo. Para quando Josué a 10? Para quando lógica na sua utilização? Valeu pela frieza no penalti.

Varela – O Varela é isto. Bom jogo, com raça e explosão, mas nem mesmo no jogo consegue ser constante. Fez a diferença, é o que interessa. Está numa boa fase, e quanto o FC Porto precisa disso!!!

Jackson – Não marcou mais foi, de longe, o melhor em campo. Foi ele quem manteve o ataque vivo. Trabalhou até à exaustão e nunca virou a cara à luta, mesmo perante a marcação muito dura dos centrais contrários. Sem apoio, labutou quase sozinho. Fez de 10, até de extremo, como o demonstrou no 3-1, com um centro perfeito a rasgar a defesa contrária. Hoje não houve golos, mas houve trabalho.


Licá – Trouxe amplitude. Nada mais. Incapaz de ganhar um drible. Precisa de ser mais incisivo.


Defour – Deu presença onde já só havia ausência. Mais firme no passe que Herrera, apoiou mais Fernando e equipa desdobrou-se melhor no contra-ataque.

Ghilas – Deu descanso (mais que merecido!) a Jackson.





FICHA DE JOGO

FC Porto-Sporting, 3-1
Liga portuguesa, oitava jornada
27 de Outubro de 2013
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 48.108 espectadores

Árbitro: Artur Soares Dias (Porto)
Assistentes: Rui Licínio e Bruno Rodrigues
Quarto árbitro: Rui Costa

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Herrera e Lucho (cap.); Josué, Jackson Martínez e Varela
Substituições: Josué por Licá (63m), Herrera por Defour (67m) e Jackson por Ghilas (86m)
Não utilizados: Fabiano, Maicon, Carlos Eduardo e Ricardo
Treinador: Paulo Fonseca

SPORTING: Rui Patrício (cap.); Cédric, Maurício, Marcos Rojo e Piris; William Carvalho, Adrien Silva e André Martins; Carrillo, Montero e Wilson Eduardo
Substituições: Wilson Eduardo por Capel (57m), André Martins por Vítor (71m) e Carrillo por Gerson Magrão (85m)
Não utilizados: Marcelo, Slimani, Dier e Rinaudo
Treinador: Leonardo Jardim

Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Josué (11m, pen.), William Carvalho (60m), Danilo (62m) e Lucho (74m)
Cartões amarelos: Varela (40m), Piris (52m), Maurício (82m) e Licá (82m)


Por: Breogán

domingo, 27 de outubro de 2013

Segunda Liga, 12.ª jornada: FC Porto B 1 - 2 Chaves, Há dias assim.

Dias em que o cinismo e a manha derrotam a iniciativa e a vontade de ganhar.





Hoje foi um desses dias. O FCPorto B foi sempre superior a um Chaves que fez 2 remates à baliza e marcou 2 golos. Foi superior em jogo jogado, superior em remates, em cruzamentos, foi superior em tudo menos em golos.





Apesar da derrota, ficou uma boa imagem da equipa que deu sempre tudo e esteve incansável na procura do golo.

Com uma mudança chave no onze, Tozé surgiu no meio campo. No seu espaço, o pequeno médio brilhou a organizar todo o jogo da equipa. Sempre nas costas de Kleber, foi o cérebro da equipa e que cérebro!

Na frente Kayembe e Ivo alargavam o jogo nas faixas. Rápidos e desiquilibradores.

Pedro Moreira é que pareceu continuar perdido na posição de médio de transição. No entanto, nem isso abalou o futebol positivo da equipa. Os laterais subiam, a equipa tinha um espírito positivo.

Foi através de um erro infantil dividido por Bolat e Mikel que o Chaves, sem saber como, chega ao golo. Injusto.

A partir daí continuou a só dar Porto. No início da 2ª parte Kleber faz finalmente o golo do empate e a equipa acredita. Mas logo a seguir mais um balde de água fria. Num remate fora da área o Chaves chega à vantagem.

O Porto nunca baixou os braços, melhorou com as entradas de Leandro, Pavlovski e André Silva e teve oportunidades consecutivas para marcar. 
Infelizmente o resultado não se alterou.

Mas ficou uma boa imagem. Para continuar.

Análise individual:

Bolat: Fica ligado ao resultado numa má reposição de bola. Também parece que podia ter feito mais no remate que dá o 1º golo.

Victor Garcia: Exemplar a defender. Ainda ajudou no ataque.

Zé António: O Patrão habitual.

Reys: Bom jogo, muita classe com bola.

Quino: Um jogo descansado a defender. Activo no ataque.

Mikel: Fica ligado ao primeiro golo com uma má recepção. De resto, cumpriu.

Pedro Moreira: Perdido no campo a jogar numa posição que não domina. 
Salvou-se a assistência para o golo de Kleber.

Tozé: Melhor em campo. Grande exibição do pequeno médio. Foi o cérebro da equipa. Jogou no meio campo com grande liberdade e mobilidade. É nesta posição que brilha.

Ivo: Começou bem com uma série de arrancadas e jogadas interessantes, mas nunca defeniu bem o último passe.

Kayembe: Irreverente, rebelde, rápido e dinâmico. Um diamante para lapidar.

Kleber: Um bom jogo. Boas desmarcações, bom golo. Pena ter falhado outro golo quando surgiu isolado. Está claramente a subir de rendimento.

Pavlovski: Entrou muito bem no jogo. Grande leitura de jogo, grande classe. Promete.

Leandro: Importante pela intensidade que trouxe ao meio campo.

André Silva: Entrou muito bem e esteve muito perto de marcar.




FICHA DE JOGO

FC Porto B-Chaves, 1-2
Segunda Liga, 12.ª jornada
27 de Outubro de 2013
Estádio do Pedroso, em Vila Nova de Gaia

Árbitro: Tiago Martins (Lisboa)
Assistência: 590 espectadores

FC PORTO B: Bolat, Victor Garcia, Reyes, Zé António, Quino, Pedro Moreira, Mikel, Tozé, Ivo, Joris Kaiembe e Kléber.
Substituições: Ivo por Tomás Podstawski (45m), Mikel por Leandro (78m) e Tozé por André Silva (78m)
Não utilizados: Kadu, David Bruno, Tiago Ferreira
Treinador: Luís Castro

CHAVES: Paulo Ribeiro, Sagna (Nélson, 88), Lamine Ba, Bura, João Góis, Siaka Bamba, Tengarrinha, Luís Pinto, Clayton, Kuca (Luís Carlos, 75) e Barry (Clemente, 79).
Substituições: Kuka por Luís Carlos (75m), Barry por Clemente (79m) e Sagna por Nélson (88m)
Não utilizados: Nuno Dias, João Fernandes, Eder Diez, Sérgio Organista
Treinador: Quim Machado

Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Barry (16m), Kléber (50m), Siaka Bamba (65m)
Cartões amarelos: João Góis (19), Sagna (45), Tozé (46), Siaka Bamba (56), Quino (84) e Paulo Ribeiro (90+3).


Por: Prodígio

sábado, 26 de outubro de 2013

Hóquei Braga 1 - 13 FC Porto - Campeão entra em grande estilo

O FC Porto iniciou hoje a luta pelo ceptro de Campeão Nacional. Nesta 1ª jornada deslocou-se a Braga e saiu de lá com uma bela exibição e a aplicar uma goleada à equipa local. Um excelente inicio de campeonato, que garante desde já a liderança. 

Como sabemos a nossa equipa não sofreu qualquer alteração nos jogadores, ninguém saiu, ninguém entrou. 

Talvez por isso assitimos desde cedo a uma organização exemplar, uma equipa coesa,  e dominadora. O FC Porto entrou muito rápido, pressionante quer na saída de bola adversária, quer na defesa da sua área, sem permitir espaço para remates perigosos. Fomos uma equipa inteligente, sabíamos que que o principal perigo vinha do contra-ataque deles. Por isso aplicamos a mesma medida e soubémo-nos precaver em relação a isso, deixávamos sempre alguém atrás de  forma a não permitir situações de contra-golpe do adversário.

Abrimos o marcador cedo, logo no 2º minuto. Uma recuperação de bola, saída rápida para o ataque e os 2 jogadores mais avançados a fazerem estragos. Vimos muitas vezes acontecer isto hoje. O marcador deste 1º golo foi Ricardo Barreiros.

Não fomos obrigados a esperar muito até festejar de novo. Nem um minuto tinha passado e Reinaldo Ventura através de um remate de longe ampliou o resultado.

O 3º golo foi uma fotocópia do 1º. Novamente a mesma sequência de acção. Recuperação, saída rápida para o ataque, passe final e finalização. O marcador ia variando, neste caso foi Jorge Silva.

O domínio era total e muitos outros golos poderiam ter surgido. Vimos Pedro Moreira e Reinaldo Ventura atirar aos postes por exemplo. Do lado contrário nem uma jogada de verdadeiro perigo. A 1ª situação flagrante que o Braga dispôs foi já a meio deste primeiro tempo, que Edo Bosch resolveu bem. 

A equipa diminuiu o ritmo e Tó Neves iniciou a rotação da equipa, já habitual a partir do minuto 12/13 de cada parte. Numa 1ª fase entraram Caio e Vitor Hugo.

Este último entrou com a mira afinada. A 9 minutos do intervalo, o seu 1º golo, o nosso 4º. Foi um golo após mais um contra-golpe claro está... Logo a seguir, novo golo e o mesmo marcador, com o nosso nº 30 a aproveitar o seu bom jogo interior. 

Vitor Hugo ainda teve papel activo no golo seguinte (a cerca de 2 minutos do intervalo). Desta vez não concluiu, "apenas" assistiu. O marcador foi Jorge Silva.

Para terminar este festival nos primeiros 25 minutos, um penalti a nosso favor. caio, com um remate seco e colocado para o lado esquerdo de Guilherme Silva a aumentar ainda mais o score...

Ao intervalo 7 - 0 para o nosso emblema. Estava fácil, muito fácil...


Com o jogo resolvido, apenas uma questão se colocava. Quantos seriam? A equipa parecia disposta a manter o ritmo goleador. Ricardo Barreiros em particular. Marcou os nosos golos 8 e 9, fazendo assim um hat-trick. 

Ainda faltava entrar um jogador no nosso plantel. Tó Neves fez entrar pouco depois (aos 7 minutos) Nelson Filipe. Todos jogariam bastantes minutos, todos são importantes. Uma equipa no verdadeiro significado da palavra.

Tiago Losna, numa recarga à boca da baliza fez o 10º. E para quebrar a monotonia um golo deles. O 10 - 1, prémio justo.

Os comandados de Tó Neves iam abrandando o ritmo e permitindo-se a alguns movimentos técnicos para embelezar uma jogada. Um exemplo: na cobrança do livre directo, correspondente à 10ª falta da equipa visitada, pedro Moreira tentou um "bonito", por trás das costas... Se entrasse era o golo do ano.

O Braga ainda falhou um penalti. Nelson Filipe defendeu bem o remate e até a recarga. Espectacular...

Até ao fim ainda marcaríamos mais 3 golos por Vitor Hugo, Jorge Silva e Hélder Nunes. 13 - 1, uma goleada daquelas a premiar uma grande exibição...

É apenas o começo. Os próximos jogos não serão certamente assim. Teremos de lutar muito, teremos de saber sofrer muito para ganhar. Contudo o jogo de hoje deu-nos excelentes indicios... 


Equipa e marcadores:

5 inicial: Edo, Pedro Moreira, Jorge Silva (3), Ricardo Barreiros (3) e Reinaldo Ventura (1)
Jogaram ainda: Nelson Filipe, Vitor Hugo (3), Caio (1), Hélder Nunes (1) e Tiago Losna (1)


Por: Paulinho Santos
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