domingo, 28 de fevereiro de 2016

“VELHO DO RESTELO"?

Fiz-me a ver o Porto
No seu jog’a sul,
Noutro estádio azul,
De Lisboa horto…


No alto do Restelo
De vista sobr’o Tejo,
Ainda lá me vejo,
A esse Porto, a vê-lo!

Tantos e bons jogos
De Dragão em riste,
Mais feliz que triste
Nesses resultados….

E no alinhamento
Das duas equipas,
Aquela das riscas
Er’o meu equipamento!

E nessa homenagem
Ao saudoso Pepe,
Qu’o Porto repete
Sobr’a sua imagem

Via-me a pensar
Sobr’o simbolismo,
Desse meu “baptismo”
Nesse mesmo lugar!

O lugar da partida
Dessas “descobertas”,
Nas portas abertas
Da minha própria vida…

Quando menino
Junto a Belém,
Vi mais além
O meu destino…

E quanta alegria
Por esse Argelino,
De toque “assassino”
Na sua estreia!

Vindo do “Matra”,
Via Paris,
Lavrando a giz
A sua marca!

De campeão
Por essa Europa,
No calcanhar da sua bota
Contr’o Alemão!

Pois nessa imagem
Ali junto ao Tejo,
Ainda o vejo
Nesta viagem…

D’uma vida
A ver o meu Porto,
Qu’hoje quer-se pronto
Pr’a nova partida!

E ser no Restelo
O ponto de viragem,
Pr’a nova viagem
Pr’a outro paralelo!

E passar o Cabo
Deste Bojador,
Qu’o Adamastor
Do meu menoscabo…

Quase de mim faz
“Velho do Restelo”,
Qu’o meu pesadelo
Faz volt’a atrás…

E por lá vislumbro
Anos de penúria,
Que depois da luxúria,
O Porto está moribundo!

E nisto a História
Lá me desmentir,
E o Porto ressurgir
Em plena glória!

E abrir o planeta
À sua re-descoberta,
E numa ilha deserta,
O caminho da “Pimenta”!

E novos anos dourados
Me descubram “velho”,
Mas nunca vermelho,
Em tais tons cismados!

E poder voltar
De novo ao Restelo,
Já não como “velho”,
Mas pr’a exultar!

C’a mesma emoção
Desse meu passado,
De brasão abençoado
No azul (e  branco) d’então!


:-)


Por: Joker




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