quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Operação Barbas-Roxas (Por Joker)





Estavam em todas as frentes, as tropas dos lampiões
Ainda que tivessem perdido, a batalha dos Campeões
Quando invadiram a "leste", o seu terreno aliado
Queriam o Penta-del-Este, não contando c'o nevado!

Na frente patriótica, os "Russos" os penal(t)izaram
Deixando os "panzers", sem rodados, que se soltaram
Pela força do embate, logo se percebeu o percalço
Naquele jogo d'empate, deixaram-nos em seu encalço 

Assim, de todas as frentes, largaram a da sua Liga
Deixando Estaline com dentes, c'uma guerra à antiga
Perdida a seu belo tempo, apesar da cega propaganda
Logo chegará o momento, que se anunciará a Sarabanda

Era uma operação simplista, tomada por garantida
Enviava-se pequena armada, para assaltar a guarida
Que da pedreira sobressaía, esgotada nos seus recursos
Mais uma Taça d'alegria, para compensar outros soluços

Agora ficam outras frentes, para prolongar a campanha
Perdida nos contingentes, apesar da excelente gadanha
Qu'a Gestapo controlava, nos territórios de sua alçada
Jornada após jornada, em condenações pra arquibancada

Pra proteger os exércitos, de lutar contr'ós melhores
Evitando os insucessos, contr'ós reincidentes infractores
Assim conquistando o espaço vital, da sua benfiquização
Já implementada nos Paços do tal, satélite d'agremiação

Mesmo que Goebells insista em gritar, nas folhas do pasquim
Que nunca perderam no ar e no mar, só na terra do folhetim
A Barba-Roxa ficou de molho, no projecto do pan-benfiquismo
E isto é tão só o restolho, do que s'aproxima em histerismo

Então vai ser um fartote, na choraminguice dos seis milhões 
E uma nostalgia em Calabote, resultará em novas acusações:
Da fruta, do Café, do Leite, do horóscopo, e do velho Papa
E a águia cairá de pé, por culpa exclusiva daquela malta...

Por isso se prepara o povo, para novo esforço de guerra
Oitenta milhões, de novo, para edificar a velha refrega
Obrigações a quanto obrigas, para manter este Regime
Mais uns buracos nas siglas, pra encapotar novo "Crime"!...





Por: Joker

Revista de Imprensa - 28 de Fevereiro 2013


Quim volta a brilhar nas grandes penalidades




  O actual guarda redes do SC Braga e antigo guarda-redes do clube da luz, voltou a brilhar nas grandes penalidades, ao defender os penálties de Luisão e Gaitán.

O jornais desportivos desta quinta-feira têm como principal destaque o apuramento do SC Braga para a final da Taça da Liga e o afastamento do benfica do primeiro troféu da temporada. Os minhotos acabaram por vencer o benfica nas grandes penalidades depois do empate a 0-0 no tempo regulamentar, e seguir para a primeira final da competição do seu historial graças ao guarda-redes Quim.
Em destaque na imprensa desportiva estão também as eleições do Sporting, com os candidatos Bruno Carvalho e José Couceiro a trocar acusações.
O clássico de Alvalade no próximo sábado já está em marcha e no reino do Dragão Atsu corre para a titularidade.





O Jogo:

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- FC Porto «Trabalha a dobrar e tem menos folgas, Izmaylov treina mais dias e mais vezes que os colegas à conta do programa de recuperação; Atsu à vista no relvado, recuperado e disponível para jogar em alvalade »




- «Quim ri no fim», guarda-redes dispensado por Jesus garantiu a final ansiada por Salvador.
- Ricky quer dar título ao benfica
- Barcelona é saco de boxe de Ronaldo




Record:

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- FC Porto James e Mangala sob observação. Atsu mais perto de Alvalade. Otamendi-Maicon, regressa a dupla que não perde.




- Quim trama benfica. Guarda-redes dispensado por Jesus coloca SC Braga na final. Defendeu as grandes penalidades batidas por Luisão e Gaitán. «Não há dúvida que fomos a melhor equipa» Jesus:«Podíamos ter vencido se fosse marcado penálti sobre o Nico (Gaitán)». Autocarro apedrejado à saída de Braga.
- «Queremos impedir o FC Porto de ser campeão», Wolfswinkel e a motivação dos leões. Eleições no Sporting: Guerra de comunicados - Carvalho contra elementos «não eleitos» no projeto e Couceiro e este acusa rival de apostar em políticos em «fim de mandato». Severino não se revê «neste contexto de guerrilha».
- Dérbi de Madrid, na final da Taça do Rei.





A Bola:

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- FC Porto «Atsu disponível. Já se treina e é opção para o clássico de sábado.»


- Lotaria para quem mais apostou. Bracarenses afastam águias do Penta na Taça da Liga. Guerreiros sempre mais perto da vitória. Poupanças do benfica tiveram custos altos. «Fomos melhores durante o jogo e depois fomos felizes», Quim defendeu duas grandes penalidades. Autocarro do benfica atacado.«Vergonhoso o que esses cobardes, vândalos e bandidos fizeram», Luisão.
- «Tudo para não serem campeões», Van Wolfswinkel quer travar FC Porto. Momento de Izmailov aquece leões.




Notícias sobre o FC Porto:



Atsu apto para Alvalade

Boas notícias para Vítor Pereira. O ganês Atsu está apto para a deslocação dos bicampeões nacionais ao terreno do Sporting, no sábado, em jogo grande da 21.ª jornada da Liga portuguesa.

O extremo, que faltou ao jogo com o Rio Ave por lesão, está apto para as opções de Vítor Pereira. O jogador treinou, esta manhã, com o restante plantel que vai afinando a estratégia para a visita a Alvalade.

Quanto a Mangala continua em repouso e deve mesmo falhar a deslocação ao terreno dos leões.

Zé António, David e o médio-ofensivo Tozé (todos da equipa B) foram chamados aos trabalhos da equipa principal.


Dupla invencível, Maicon e Otamendi juntos renderam 18 triunfos

Um treino azarado atirou Eliaquim Mangala para a enfermaria, numa altura em que o francês ganhava grande protagonismo no eixo defensivo. Todavia, este até pode ser um daqueles males que vem por bem.


Danilo e Alex Sandro só conhecem a vitória, 100 por cento de eficácia frente aos leões

À dupla de centrais constituída por Maicon e Otamendi, Vítor Pereira vai juntar os laterais Danilo e Alex Sandro, formando assim o sector mais recuado para Alvalade. Os ex-jogadores do Santos têm, de resto, a particularidade de apenas conhecerem um resultado frente ao Sporting: a vitória.






Primo de Gelson Fernandes apontado ao FC Porto

Cabral, médio que está em final de contrato com o Basel, está a ser dado como alvo do FC Porto para a próxima temporada.

De acordo com o Basler Zeitung, o primo de Gelson Fernandes, jogador que está emprestado pelo Sporting ao Sion, está a ser seguido pelos dragões e o facto de estar em final de contrato poderá fazer com que os azuis e brancos se mostrem interessados em contratá-lo.

Esta temporada, Cabral disputou 32 jogos com a camisola do Basel e foi titular em 29 deles.


Kléber está «ansioso pela estreia» no Palmeiras

Kléber, jogador que o FC Porto emprestou ao Palmeiras do Brasil, mostrou-se «ansioso» pela sua estreia com a camisola do verdão.

«Não sinto mais dores. Fisicamente não estou a 100 por cento, mas aos poucos estou evoluindo e já me sinto bem. Acredito que dê para jogar uns 20, 25 minutos. Esse período dá para atuar perfeitamente», destacou.

«Estou muito contente com a primeira chamada. Como é o primeiro jogo, é claro que tenho ansiedade, mas estou feliz. Espero que tudo dê certo e a gente volte com os três pontos», disse o jogador brasileiro.

O avançado não joga desde 8 de dezembro. Kléber foi nesse dia suplente utilizado na vitória do FC Porto em casa com o Moreirense.


Eliseu: «F.C. Porto está todos os anos na Champions»

Eliseu acredita que o Málaga pode dar a volta à eliminatória e seguir em frente na Liga dos Campeões, embora saiba que o F.C. Porto está em vantagem (venceu por 1-0 no Dragão) e tem maior experiência na prova.

«É uma motivação defrontar uma grande equipa como o F.C. Porto. Queremos continuar a fazer história com o Málaga, pelo que daremos tudo por tudo. O F.C. Porto está todos os anos na Champions League e chega com regularidade aos oitavos-de-final. É uma equipa experiente, mas temos que ser confiantes, trabalhar bastante e acreditar que podemos vencer», disse o jogador.

O internacional português falhou a primeira mão devido a lesão. Ouvir o hino da Liga dos Campeões é uma motivação.

«Quando acordo na manhã de um jogo importante, já estou a pensar em ouvir o hino da Champions League. É um sentimento especial ver o estádio com os adeptos lá, a ouvir o hino. Esperamos poder continuar a ouvir esse hino durante muito mais tempo esta época e por muitos mais anos», contou Eliseu ao UEFA.com.






Por: Cubillas

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Símbolos à Simplício: Futebol Clube Alpendorada




Nome: Futebol Clube Alpendorada
Fundação: 1960
Localização: Alpendorada, Marco de Canavezes
Associação: Associação de Futebol do Porto
Divisão actual: AF Porto, Divisão de Honra




O Futebol Clube Alpendorada é a filial nº36 do FC Porto.



É mais um símbolo à Simplício clássico. Destaca-se dos demais pelo brasão e pelas ramagens que o envolvem.

O FC Alpendorada, no futebol de onze, tem dividido a sua participação entre a III Divisão nacional e a Divisão de Honra da AF Porto, num perpétuo sobe e desce.

O seu símbolo também está presente nos pavilhões de futsal. É nesta modalidade que o FC Alpendorada atingiu o seu maior feito. Na época 2001/2002, sagrou-se campeão nacional da segunda divisão nacional.
O trabalho de formação não é descurado e está presente em todos os escalões nas duas modalidades. 



Por: Breogán

Revista de Imprensa - 27 de Fevereiro 2013


Ronaldo impõe realeza portuguesa à Catalunha



   A vitória do Real Madrid em Camp Nou por 3-1 é o dos grande destaque da imprensa desportiva nacional e internacional desta quarta-feira. Cristiano Ronaldo voltou a ser decisivo, com dois golos, na segunda vitória do Real Madrid, de José Mourinho, na Catalunha e já soma golos há seis clássicos consecutivos.

Para além da vitória do Real Madrid sobre o Barcelona por 3-1, os jornais desportivos nacionais dão grande destaque ao jogo desta quarta-feira entre SC Braga e benfica para as meias-finais da Taça da Liga.




O Jogo:

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- FC Porto «Peso Pesado, só dois jogadores na Europa contribuíram com maior percentagem nos golos das respectivas (Messi e Bony); Futre recorda laranjas, pedradas e Pinto da Costa; Mangala fora do clássico e em dúvida para Málaga, luxação num ombro põe o francês fora de combate »




- Boulahrouz não conta, demora na recuperação convenceu Jesualdo a riscá-lo do clássico com o FC Porto.
- «Quero seguir as pisadas de Cardozo e Melgarejo», Jorge Rojas feliz pelo sucesso das negociações.
- Ronaldo pulveriza recordes em Camp Nou




Record:

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- FC Porto, Moutinho «Este é um momento bom para mim»; Mangala fica de fora por lesão



- Jesus dá moral a Rodrigo, treinador do benfica confia na evolução do espanhol
- Carlos Severino contra Jesualdo Ferreira, "Não queremos infiltrados"
- Ronaldo gela Barça, merengues apurados para a final com 2 golos do CR7 e um de Varane.






A Bola:

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- FC Porto «Mangala falha alvalade»


- Prioritário renovar com Bruma
- A Taça que liga o sonho.
- Show Real, lição de Mourinho e bis de Ronaldo





Notícias sobre o FC Porto:



Atsu apto para Alvalade

Boas notícias para Vítor Pereira. O ganês Atsu está apto para a deslocação dos bicampeões nacionais ao terreno do Sporting, no sábado, em jogo grande da 21.ª jornada da Liga portuguesa.

O extremo, que faltou ao jogo com o Rio Ave por lesão, está apto para as opções de Vítor Pereira. O jogador treinou, esta manhã, com o restante plantel que vai afinando a estratégia para a visita a Alvalade.

Quanto a Mangala continua em repouso e deve mesmo falhar a deslocação ao terreno dos leões.

Zé António, David e o médio-ofensivo Tozé (todos da equipa B) foram chamados aos trabalhos da equipa principal.


Alerta no Dragão: Mangala em dúvida para o clássico

Mangala está lesionado e é baixa do FC Porto para o clássico com o Sporting, sábado, em Alvalade, no jogo de cartaz da 21.ª jornada da Liga portuguesa.

O gaulês sofreu uma luxação no ombro direito.

Ao que informa o departamento médico dos azuis e brancos, o francês «reduziu a luxação, ficando o atleta em repouso domiciliário».

Mangala vinha sendo um dos jogadores mais importantes no plantel, assumindo-se como um 'patrão' da defesa ao lado de Otamendi.

O jogador já tinha falhado o último jogo, diante do Rio Ave, por castigo.



Mangala na pista de Milão

O AC Milan está interessado na contratação do portista Eliaquim Mangala. A imprensa italiana revela, esta quarta-feira, que o clube milanês se prepara para fazer uma oferta a rondar os 20 milhões de euros.

O jornal Tuttosport revela que o francês «está nos planos do clube de Milão, mas também do Manchester City». De resto, o campeão inglês tem enviado vários observadores para fazerem relatórios sobre o desempenho do defesa francês.

Mangala, 22 anos, tem sido um dos jogadores mais importantes do FC Porto nos últimos tempos.

Contratado na época passada ao Standard Liège, Mangala está a ser cobiçado por vários clubes europeus.


James continua na mira do Man.Utd

James Rodríguez tem sido associado ao possível interesse do Manchester United e, segundo a imprensa inglesa, os red devils continuam a seguir a carreira do colombiano.

O Daily Mail revela, esta quarta-feira, que Alex Ferguson tem enviado olheiros a todos os jogos do FC Porto para acompanhar a carreira de El Bandido.

James, que regressou há poucas semanas após lesão, começa a ganhar ritmo para a reta final da época no FC Porto.

James Rodríguez tem uma cláusula de rescisão fixada em 45 milhões de euros.


João Moutinho: «É um bom momento para mim»

Médio foi distinguido como o melhor em campo na vitória sobre o Rio Ave e fez questão de partilhar o prémio com os colegas

João Moutinho recebeu esta terça-feira o prémio de MVP que lhe foi atribuído pelos adeptos no Dragão no final da vitória (2-1) sobre o Rio Ave. O médio ficou com a distinção e fez questão de partilhar o reconhecimento com todos os colegas. «Este prémio é da equipa toda, porque todos fizeram um excelente jogo, o que nos permitiu somar mais uma vitória para o F.C. Porto», disse.

Pelo caminho reconheceu passar uma boa fase. «O reconhecimento é sempre bom, mas o mais importante é o facto de termos conseguido mais uma boa exibição e a vitória frente ao Rio Ave, num jogo extremamente difícil. É um bom momento para mim, mas é ainda um momento melhor da equipa. Fico feliz por receber este prémio, mas, sobretudo, por ter ganho o jogo», finalizou.


Sebá: «Vou fazer tudo para ficar»

Sensivelmente a meio do primeiro ano da sua aventura na Invicta, Sebá está decidido a convencer os dragões a exercer a opção de compra do seu passe – avaliada em 5 milhões de euros – no final da temporada. “Estou aqui para jogar, o resto deixo para o meu empresário e para os dirigentes. Pretendo ficar e vou fazer tudo para isso”, garantiu o avançado, de 20 anos, sem confidenciar se recebeu alguma indicação quanto a essa possibilidade.

O brasileiro marcou presença no Dragon Force de Valadares, ao final da tarde de ontem, para conviver com algumas crianças da formação portista. “Sempre tive o sonho de ser um grande jogador de futebol e sei que ainda falta muita coisa para isso. Por isso tenho vindo a trabalhar muito”, explicou o esquerdino, a dar o exemplo aos mais novos.

Aposta mais frequente na equipa B, apesar de se treinar regularmente com o plantel principal, Sebá espera pelo “momento certo” para voltar a ser lançado por Vítor Pereira. Na sua mira já se encontra o Sporting, próximo obstáculo no campeonato. “Não há adversários fáceis, mas acredito muito no FC Porto e penso que vamos sair com os três pontos”, frisou.


Só Castro sabe como se faz…fez abanar as redes de Patricio pelo Olhanense

Embora não tenha sido com a camisola do FC Porto, a verdade é que há um jogador do atual plantel azul e branco que já marcou ao Sporting, em Alvalade. Falamos do médio Castro, jogador que, neste ano de 2013, tem sido utilizado com maior frequência por Vítor Pereira, embora o faça quase sempre a partir do banco de suplentes.


Domingos surpreendido com rendimento de Izmaylov no Dragão




Marat Izmaylov tem sido sempre utilizado desde que chegou ao Estádio do Dragão. O russo chegou ao FC Porto no mercado de transferências de janeiro e o seu rendimento tem surpreendido até quem o treinou no Sporting, como é o caso de Domingos Paciência.

«A questão do Izmaylov é uma questão de honestidade, ou se calhar eu não soube tirar tudo dele...», explicou o antigo treinador do Sporting sobre o jogador russo, em declarações ao programa Grande Área da RTP Informação.

E prosseguiu: «Olhando à intensidade com que ele joga hoje, alguém estava mal. Ou o departamento médico, ou o departamento técnico ou então o profissionalismo dele.»

Esta época na Liga portuguesa, Izmaylov leva já 14 jogos realizados (7 em Alvalade e 7 no Dragão).









Por: Cubillas

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

O Bombo da Festa.


O português desde sempre teve necessidade de arranjar uma figura em quem descarregar a sua ira, sempre foi assim desde a Política, ao cinema, passando pelo futebol que é o tema que para aqui nos interessa.






A essa figura dá-se popularmente o nome de “bombo da festa”. Expressão essa que se pode traduzir genericamente por alguém que geralmente sofre a descarga de raiva das pessoas que gravitam no seu grupo, é geralmente uma pessoa muito falada, criticada, e exposta a chacota, por sistema é sempre o culpado de tudo que de mal acontece e poucas vezes vê reconhecidos os seus méritos quando faz por os merecer.





No FC Porto tradicionalmente existiu sempre essa tal figura, o Bombo da Festa, dos meus tempos de jovem lembro-me entre outros de Semedo, de Bandeirinha, figuras que eram merecedoras da confiança de todos os treinadores que sucessivamente passaram pelo FC Porto (Sir Bobby Robson chegou a dispensar Bandeirinha, mas este com trabalho e perseverança conseguiu durante os treinos o convencer que era um elemento válido para o plantel) mas que ao longo das carreiras foram sempre de uma forma ou outra sujeitos a uma crítica comprovadamente injusta do famoso Tribunal das Antas.

Essa figura “decorativa” nem sempre vivia isolada, a escolha recaía preferencialmente sobre dois atletas (não fosse o primeiro alvo por um qualquer motivo não jogar e deixar desse modo a crítica dos adeptos órfã).

No presente as atenções e o coro de assobios viram-se tanto para Varela como para Danilo (a quem já demos a nossa atenção publicando a biografia LER AQUI).

Varela que por mais que trabalhe quer no capítulo defensivo ou ofensivo, quer marque golos de levantar qualquer estádio do mundo ou não, devido à sua inconstância não há forma de convencer tão exigente tribunal.





Mas centremos-nos no caso Danilo, a crítica é manifestamente injusta e despropositada na sua maioria das vezes, em minha opinião obviamente. Danilo vê-se confrontado involuntariamente na mente dos adeptos e com um peso extra em seus ombros derivado do preço da sua contratação (os 19M € pesam e de que maneira), sendo que por vezes a expectativa depositada é a de um Maradona que face ao valor do passe tem obrigação de fintar a equipa adversária inteira e ainda voltar atrás tornar a fintar e depois marcar um golo de bicicleta.




Ora a realidade mostra uma obrigação e um compromisso de Danilo face ao jogo da equipa completamente diferentes, deixando o foco e o brilho para outros colegas.

Face à maior propensão atacante do seu colega e compatriota Alex Sandro, Danilo tem como principal missão nas tarefas coletivas fechar o seu flanco e impedir que a transição Defesa-Ataque do adversário apanhe a nossa equipa em contra-pé.

A Danilo um pouco à imagem do papel desempenhado por Sapunaru no Porto de André Villas-Boas compete-lhe um papel mais defensivo e a bem da verdade que adversário tem causado mossa pelo lado direito da defesa azul e branca?

Isco do Málaga não se viu e no último jogo Bebé foi fogo-de-vista, aquele tipo de malabarista que brinca com o fogo mas que não queima ninguém, andou por ali a tentar ludibriar Danilo mas sempre de forma inconsequente (nem uma única vez criou perigo ou qualquer mossa na defensiva azul e branca).

Acresce que na equipa Danilo tem como companheiro de flanco James Rodriguez que pouco ou nada ajuda nas tarefas defensivas e em situação de ataque tem ordem para organizar e fazer a diferença partindo do flanco para o centro e vagabundear por toda a frente de ataque, deixando as tarefas de “linha” entregues a Danilo, sem fazer as compensações aquando da perca de bola no momento de mudar para a transição defensiva.

Outra das coisas que se apontam a Danilo é o facto de errar muitas vezes no momento do cruzamento, saindo muitas vezes este gesto técnico mal feito, relembro apenas um nome que para mim é o melhor Português de sempre na posição e o único da história do nosso burgo que teve como honra representar a seleção do resto do mundo por duas vezes, quando esta não era somente um grupo de amigos mas uma seleção no verdadeiro sentido da palavra aonde só os melhores tinham acesso, João Pinto de seu nome,  jogador intemporal que era “um Danilo” a cruzar como devem lembrar a grande maioria dos nossos leitores.

Por todos estes fatores penso que a crítica a Danilo é maioritariamente porque sim mas na prática  totalmente infundada perante o desempenho evidenciado pelo atleta no capítulo que corresponde ao seu trabalho em prole do coletivo azul e branco, a defesa.

Danilo é uma peça de xadrez na equipa, se ao seu compatriota do lado oposto compete esticar o jogo da equipa, a Danilo compete em primeira instância proteger a equipa e precaver ou ajudar nas tarefas defensivas, capitulo esse que tem desempenhado na perfeição conforme é fácil de comprovar, o que numa equipa que faz da posse de bola uma referência e que joga com um bloco defensivo bem subido se torna numa tarefa de grande importância.




Com isto não quer dizer que Danilo não tenha capacidade ou dever de esticar também ele o jogo pelo seu flanco, que tem, é um jogador com pedigree e daqueles que não enganam, tanto é que faz o vai-e-vem sempre que pode, mas não nos podemos esquecer que em primeiro lugar estão os interesses da equipa e é nesse foco que Danilo em primeira instância se concentra, o que contribui e muito para sermos das defesas orgulhosamente menos batidas do campeonato e que os adversários do FC Porto procurem atacar preferencialmente pela ala esquerda da nossa defesa.



É baseado neste meu pensamento, ou convicção que me leva a crer que temos no plantel aquele que a curto prazo se constituirá como uma das referencias a jogar na Europa na posição de Defesa Direito.



Por: Rabah Madjer

Revista de Imprensa - 26 de Fevereiro 2013


Eleições em alvalade entre Rojas e o Tiki-Taka encarnado



   Os jornais desportivos desta terça-feira dão grande destaque às eleições do Sporting e à eventual contratação do extremo paraguaio Rojas por parte do clube da luz. O jogo da 20.ª jornada entre benfica e Paços volta a ser primeira página do diário A Bola com a análise pormenorizada da jogada do primeiro golo dos encarnados.
Jackson e a marcação do penalti, em destaque no jornal O Jogo.
José Couceiro apresentou ontem a sua candidatura à presidência do Sporting não prometendo o título na próxima época. O antigo diretor geral e treinador dos leões advertiu para a necessidade de «medidas dolorosas» no clube de Alvalade enquanto Bruno de Carvalho apresentou os nomes de Inácio e Virgílio para tomar conta do futebol.
A contratação de Rojas por parte do benfica é destaque de primeira parte do diário Record, que cita o empresário do jogador paraguaio para anunciar o negócio.
Os incidentes no jogo da II Liga entre Vitória Guimarães B e SC Braga B podem valer a interdição do estádio D. Afonso Henriques.
Em Espanha, o jogo entre Barcelona e Real Madrid, a contar para a segunda mão das meias-finais da Taça do Rei, prendem as atenções dos adeptos de futebol.




O Jogo:

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- FC Porto «Vi que Jackson estava com confiança, El Comandante explica por que deu a bola ao colombiano no segundo penalti contra o Rio Ave; Mauro Caballero já pode jogar, Dragões receberam certificado internacional»




- Eleições arrancam à defesa. Duas candidaturas lançadas sem foguetes. José Couceiro não promete título na próxima época: «É preciso reduzir custos drasticamente». Bruno de Carvalho anuncia Virgílio e Inácio para mandar no futebol. «Temos parceiros mas não vou revelar quem são». Labyad revela que, para além do benfica, também o FC Porto o quis: «Escolhi o Sporting e não estou arrependido».
- Defesa vale dobro com Luisão. Rojas chega em março. Empresário confirma negócio fechado.
- Vitória Guimarães: Poupar 3 mil euros pode custar 10 mil.
- Espanha: Barça e Real Madrid já se viraram ao árbitro.




Record:

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- FC Porto «Fernando a caminho dos 70 jogos sem perder»



- Rojas no Benfica. Empresário confirma negócio com as águias. Extremo do Cerro Porteño tem 20 anos e é uma das maiores esperanças do futebol paraguaio. Jesus prepara mexidas no onze. André Almeida, Melgarejo, Urreta e Rodrigo devem ser titulares frente ao Sp. Braga.
- Dier para travar Jackson. Leãozinho de 19 anos com missão especial no clássico. Eleições no Sporting: José Couceiro apresenta candidatura: «Não prometo que sejamos primeiros». Bruno de Carvalho tem Inácio e Virgílio para tomar conta do futebol.
- Vitória Guimarães B: Violência vai dar multa e interdição do estádio
- Espanha: Máxima pressão na Taça do Rei.






A Bola:

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- FC Porto «Valderrama elogia James»


- Inácio e Virgílio para o futebol - Bruno Carvalho lança os seus trunfos. José Couceiro: «Teremos de tomar medidas dolorosas.
- Golo de Enzo Pérez foi hino ao futebol coletivo: "Tiki-Taka na Luz". Toda a jogada do 1-0 ao P. Ferreira. 8 jogadores envolvidos. 31 segundos. 33 toques na bola. benfica no pódio europeu com  50 golos. Só Barcelona e Bayern têm melhor média que as águias.







Notícias sobre o FC Porto:



Moutinho: «Estou num bom momento, ainda melhor para a equipa»

Dias antes de regressar a Alvalade, João Moutinho assume que está a atravessar um «bom momento» de forma. O internacional português destacou, porém, que «é ainda um momento melhor da equipa».

«É um bom momento para mim, mas é ainda um momento melhor da equipa. Fico feliz por receber este prémio, mas, sobretudo, por ter ganho o jogo. Atravesso uma boa fase, mas este prémio é, acima de tudo, um reconhecimento ao bom momento da equipa», referiu o camisola 8 do FC Porto que foi considerado o melhor jogador em campo no último duelo com o Rio Ave.

E prosseguiu: «Este prémio é da equipa toda, porque todos fizeram um excelente jogo, o que nos permitiu somar mais uma vitória para o FC Porto».

Moutinho, em declarações antes do treino, no Olival, admite também que o reconhecimento «é sempre bom».

«O reconhecimento é sempre bom, mas o mais importante é o facto de termos conseguido a vitória frente ao Rio Ave, num jogo extremamente difícil e em que conseguimos uma boa exibição. Foi bom ter contribuído para mais uma vitória do FC Porto», afirmou o internacional português.


FIFA autoriza Mauro Caballero a jogar pelo FC Porto

Acabou a dúvida em torno de Mauro Caballero, avançado paraguaio de 18 anos que o FC Porto contratou ao Libertad, mas que ainda não vestiu a camisola portista devido a um imbróglio com o seu antigo clube.

O Libertad alegava que ainda tinha contrato válido com o jogador, mas o representante de Caballero confirmou a decisão da FIFA a favor dos dragões e do atleta.

«O Mauro Caballero já pode jogar oficialmente pelo FC Porto», disse Gerardo Acosta, em declarações à Radio Cardinal, do Paraguai.

Mauro Caballero deve agora atuar pela equipa B dos dragões, esperando-se que venha a ter oportunidade no plantel principal orientado por Vítor Pereira.


Alex Sandro satisfeito com o percurso no FC Porto

Alex Sandro falhou o Rio Ave por castigo, mas em Alvalade volta à posição que conquistou no FC Porto. O lateral esquerdo brasileiro falou à sua assessoria de imprensa sobre a assistência para golo no encontro com o Málaga, da Liga dos Campeões.
«Fiquei muito feliz. Isso é fruto de muito trabalho de todo o grupo. É um mérito que tenho que dividir com os meus companheiros», disse Alex Sandro sobre o momento em que assistiu João Moutinho para o golo da vitória sobre os andaluzes.

«O clube está em um ótimo momento. Estamos bem no campeonato e com uma boa vantagem na Champions. A equipa está a evoluir bastante e eu estou a conseguir ter um bom desempenho», prosseguiu o internacional brasileiro, que até acredita numa caminhada de sucesso na Champions.

«Na Champions temos uma vantagem pequena, mas está nas nossas mãos. É uma prova em que não há favorito, há sempre surpresas. Esperamos chegar longe», atirou.


«Jackson estava com confiança e eu disse-lhe para bater o penalty»

Lucho explica por que disse ao colombiano para marcar também a segunda vez, aconselha Otamendi ao selecionador e puxa as orelhas a Iturbe

Lucho abriu o livro numa entrevista à ESPN Rádio: falou da eliminatória com o Málaga, de Iturbe, de Otamendi, anunciou que não pensa voltar à seleção e elogiou Jackson Martínez. Em declarações citadas por O Jogo ainda explicou como convenceu o colombiano a bater o segundo penalty.

«O penalty falhado à Panenka? Isso são coisas que acontecem. Se o guarda-redes não tivesse ficado parado a bola tinha entrado e ninguém lhe apontava o dedo. Claro que é preciso ter coragem para fazer essas coisas, mas o Jackson é um excelente jogador, pôde redimir-se e ainda fez outro golo.»

Ora por isso Lucho não se deixou irritar pela forma como o colombiano desperdiçou o primeiro penalty, num gesto ousado e que muito irritou os adeptos no Dragão. «Ele está a demonstrar uma evolução tremenda a cada jogo que passa e é um jogador muito importante para a nossa equipa.»

Por isso quando surgiu o segundo penalty, Lucho pegou na bola e foi entregá-la precisamente a Jackson Martínez. «Vi que ele estava com confiança e, como capitão de equipa, disse-lhe para bater», recordou. «Dessa vez marcou com um remate forte para o lado esquerdo do guarda-redes.»

«Marcámos em todos os campos menos em Kiev»

O F.C. Porto, esse, venceu por 2-1 e manteve o primeiro lugar da Liga: o que permite continuar de cabeça limpa e com grandes expetativas de fazer uma época de sucesso. Ora para tornar esta época num sucesso é necessário também eliminar o Málaga e chegar aos quartos de final da Champions.

«Teria sido justo se tivéssemos marcado mais um golo, mas o importante era ganhar e não sofrer golos, sobretudo quando começámos as eliminatórias no nosso estádio. Somos uma equipa que tem competência em qualquer estádio e se fizermos um golo em Málaga teremos uma boa vantagem.»

Lucho acredita de resto que o F.C. Porto vai marcar em Málaga. «Na liga portugueses marcámos em todos os jogos e na Liga dos Campeões só não marcámos em Kiev. O nosso estilo de jogo passa por atacar sempre a baliza do adversário. Temos uma pequena vantagem e vamos tentar aproveitá-la.»

«Otamendi é grande jogador e merece a seleção»

Arrumado o assunto Liga dos Campeões, o capitão portista abriu o capítulo da seleção. «Já não penso voltar», revelou. «Tive a oportunidade de jogar muitos vezes pela seleção, participei em eliminatórias, numa Copa América, num Mundial e sei que a Argentina tem grandes jogadores.»

Ora por falar em grandes jogadores, Lucho González aproveita para meter uma cunha. «Tenho cá um companheiro, que é o Nico Otamendi, que atravessa um grande momento. Talvez não chame tanto a atenção como outros que estão a jogar noutras ligas com mais visibilidade na Argentina.»

«Mas está a jogar na Champions também e está muito bem. Vejo-o todos os dias e é um grande jogador, com um grande futuro e que pelo que está a fazer merece uma oportunidade. Se tiver possibilidade de ir para uma liga com mais impacto na Argentina, seguramente será convocado.»

«Iturbe tem de entender que o futbol é um jogo coletivo»

Por fim, o jornalista da ESPN perguntou ao capitão portista por Iturbe: o jovem foi cedido ao River Plate e está a gerar curiosidade entre os argentinos. Lucho conhece-o bem. «É um jogador com umas condições bárbaras, com uma mudança de ritmo e de velocidade incríveis», revelou.

«Vai ter de adaptar-se a um futebol que é diferente de cá, mas tomou a melhor decisão. Já devem ter percebido que é um grande jogador e espero que ele entenda que o futebol é um desporto coletivo e que tem mais companheiros em campo. Deve saber quando passar ou fazer uma jogada individual.»


FIFA deu razão ao F.C. Porto no caso Mauro Caballero
Jovem avançado paraguaio já pode ser inscrito e jogar pela equipa B

O F.C. Porto recebeu luz verde da Federação Internacional de Futebol (FIFA) para inscrever o jovem avançado paraguaio Mauro Caballero que deverá ser integrado na equipa B até ao final da corrente temporada. A informação foi adiantada pelo advogado do jogador, Gerardo Acosta, em declarações difundidas pela Rádio Cardinal, do Paraguai.

O F.C. Porto contratou o jovem avançado de 18 anos em janeiro, mas não o chegou a inscrever devido a um diferendo com o anterior clube de Caballero, o Libertad, que entendia que o contrato ainda estava válido e exigia um milhão e meio para a sua saída.

Enquanto a FIFA analisou o caso, a Federação do Paraguai reteve o certificado internacional do jogador que, agora, deverá enviar para a sua congénere portuguesa. O F.C. Porto, à partida, terá apenas de pagar 365 mil euros, relativos aos direitos de formação detidos pelo Libertad.


Valderrama elogia James: «Teremos categoria por muito tempo»
Glória colombiana fala sobre o sucessor natural na seleção da Colômbia

Carlos Valderrama é uma estátua viva na Colômbia. O antigo médio, agora com 51 anos, mantém os longos cachos dourados no cabelo e a forma descomplexada de falar.

Em declarações à FIFA, enche o portista James Rodríguez de elogios e olha para ele como o seu sucessor natural.

«O James está a fazer um trabalho muito bom. Sou um dos admiradores dele. Um protetor. Pelo estilo e pelo que já fez na carreira. Foi para a Argentina, ganhou o título com o Banfield e agora é titular no F.C. Porto», disse Valderrama.

«Tem feito a diferença e a camisola da seleção principal não lhe pesou. Estamos tranquilos porque está apenas a começar. Teremos um jogador de categoria por muito tempo», acrescentou Carlo Valderrama, velha glória colombiana.

Também Radamel Falcao merece algumas palavras. O ponta-de-lança ameaça tornar-se tão ou mais conhecido do que Valderrama foi na década de 90.

«Pode superar-me. Está a demonstrá-lo com golos. Adoro a forma de ser dele. Apesar de ser um rapaz jovem, dá para ver a tranquilidade e a humildade em tudo o que faz. Aceita as pessoas, dá autógrafos, participa em atividades sociais. Adoro o estilo dele, não só como jogador, mas também como pessoa».











Por: Cubillas

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O Ininteligível Castigo de Óscar Cardozo









Tendo em conta o que se passa na sociedade onde todos estamos inseridos, e certamente que o futebol não será por essa razão exceção à regra, haverá sempre quem tenha um currículo ou cadastro disciplinar imaculado de que se possa orgulhar pela vida fora e que sirva de exemplo para toda a comunidade social e desportiva, assim de igual modo, outros porém, estarão ao invés daqueles e em contraciclo com o recomendado para este tipo de situações, e encontrar-se-ão numa posição melindrosa e atravancada com currículos repletos de histórias de falta de disciplina ou de não-conformidades, que não se poderão dar ao luxo de se ensoberbecer.






Serviu este pequeno intróito para estabelecer uma ligação direta com o castigo de 1 jogo de suspensão aplicado pelo Conselho de Disciplina ao jogador do SLB, Óscar Cardozo, e de tudo o tem girado à volta desta decisão ininteligível, bizarra e no mínimo injustificável, tendo em consideração o que o mesmo CD tem arbitrado precedentemente no espírito da Lei para outros casos análogos a este, indo mesmo ao ponto de afirmar peremtoriamente que não me recordo de qualquer outra admoestação com um cartão vermelho direto, que algum jogador tenha sido punido com apenas 1 jogo de suspensão, quando na verdade para estes casos é usual aplicar-se pelo menos 2 jogos de castigo, ou até mais se o jogador em causa como é este caso concreto tiver antecedentes do foro disciplinar.

Tendo também em conta o que tem corrido pelos bastidores dos órgãos de comunicação social, no que concerne a este caso estar diretamente ligado com outro de circunstâncias bem diferentes deste, independentemente de quem tenha razão ou não em termos da interpretação da jurisprudência dos Regulamentos que tutelam a Taça da Liga de clubes, não me parece de bom-tom nem minimamente sensato e sério, que um organismo que deveria primar pela isenção, coerência e igualdade entre todos os clubes participantes naquela prova aja nesta conformidade, no caso de haver aqui alguma veracidade e uma espécie de acordo tácito e de conveniência entre as três partes interessadas.

Neste propósito, tenho que considerar e recordar as palavras do Dr. Dias da Cunha, quando um dia em direto na RTP num programa da especialidade, declarou para quem o quis ouvir que existia no futebol português um tal de “Sistema”, porém, a serem tomados como verdadeiros estes factos só terá pecado por defeito, pois dá a nítida impressão que existem muitos outros “Sistemas” e não apenas um associado só com um certo clube, e por essa razão não se poderá imputar a responsabilidade dos factos sempre para o mesmo lado da barricada, pois este princípio terá como principal e único objetivo tentar desviar, culpar e direcionar a opinião pública e tutelar para responsabilidades só de uns em detrimento de outros.


Por: Natachas.

Segunda liga: Penafiel 2 - 0 FC Porto B







Derrota justa por parte do FC Porto na deslocação a Penafiel onde a equipa da casa foi mais forte no conjunto dos 90 minutos, vencendo por 2-0 com golos do goleador Rui Miguel e já na entrada dos últimos minutos da partida o médio Sérgio Organista (já passou pelo FC Porto) fez o segundo golo da sua equipa após marcação de uma grande penalidade.





O Penafiel no início da temporada era uma das equipas que compôs um plantel de forma a lutar pelos primeiros lugares deste campeonato, mas a irregularidade dos resultados têm proporcionado estas subidas e descidas constantes. Apesar de tudo mantém-se perfeitamente na luta, sendo que nos jogos em casa costuma apresentar-se muito forte e sem dúvida será um belo testes às capacidades da nossa equipa, perante um Penafiel bem orientado por Miguel Leal, contando com um modelo de jogo onde a posse e o futebol apoiado são vertentes obrigatórias no seu jogo, tentando sempre jogar o jogo pelo jogo seja contra quem for, faltando um ou outro elemento acima da média que pudesse acrescentar outra qualidade.

Neste jogo, o Penafiel já pôde utilizar os indiscutíveis Fábio Ervões e Sérgio Organista (estavam castigados) e assim sendo o Valente e o Robson foram os sacrificados do onze, com o Penafiel a apresentar um 4-3-3 (no meio-campo o triângulo invertido). Nas laterais, tanto o Gabriel como o Vítor Bruno são dois jogadores que gostam de atacar e nem sempre apresentam um comportamento defensivo exemplar. À frente do guardião Coelho, os centrais Pedro Santos e o Fábio Ervões, completando desta feita o quarteto defensivo. 

Destacar a excelente organização que demonstram no sector defensivo e intermédio, com as linhas bem próximas uma da outra, na qual relevam um grande espírito de entre ajuda, dando então coesão e sobretudo músculo ao meio-campo, sendo que a nível técnico neste sector possuem um jogador mais posicional (Elísio em detrimento do habitual Ferreira) e um box-to-box, que é fundamental na estratégia delineada pelo treinador (Rafa), acompanhando igualmente como médio interior o Sérgio Organista. 

Na frente de ataque, o Rui Miguel é um ponta de lança que dispensa apresentações, e faz uso e bem da experiência, sendo a principal referência ofensiva deste Penafiel, sendo colocados nas faixas o Diogo Viana e o Coronas.

No FC Porto, infelizmente não conseguiu colocar em prática o seu jogo, tendo dificuldades em ter bola no meio-campo adversário, faltando provavelmente maior capacidade na circulação de bola, fundamentalmente outro tipo de objectividade no sector ofensivo e raramente o Coelho foi posto à prova. O melhor período dos dragões sucedeu a meio do segundo tempo, sendo que relevou nesse período maior asserto nas saídas, contudo apareceu-lhe pela frente uma equipa bem organizada, com as linhas muito próximas e fechando ao máximo todas as linhas de passe possíveis e provavelmente a melhor oportunidade do FC Porto aconteceu nos primeiros 45 minutos e através do lateral Victor Luís, que regressou ao onze, em virtude do colombiano Quiño ter jogado pela equipa principal.

Este desaire não vem comprometer a ambição e objectivos do FC Porto para o que resta desta temporada, sendo que na próxima jornada haverá jogo grande no Estádio do Pedroso, com a equipa "B" do FC Porto a receber o Sporting "B", que encontra-se actualmente na segunda posição.



Análises individuais:


STEFANOVIC - não é responsável pelos golos sofridos. Não esteve propriamente em dia sim a jogar com os pés.

DAVID BRUNO - a regularidade do costume, tentando não comprometer na defesa e seja o Diogo Viana como o Coronas, tiveram dificuldades quando encararam o lateral na situação de um para um. Falta-lhe ser mais forte e dinâmico quando apoia o ataque.

ABDOULAYE - alguns lapsos deste central pouco habituais. Comete a grande penalidade que garante o golo da vitória ao Penafiel, após a bola lhe bater no braço.

ZÉ ANTÓNIO - algumas dificuldades para travar o Rui Miguel, mas por norma pautou pela solidez e jogar de forma simples, não procurando inventar. Ainda marcou um golo, mas foi prontamente invalidado pelo árbitro assistente, por encontrar-se em posição irregular.

VICTOR LUÍS - provavelmente o melhor elemento da defesa neste jogo, ele que criou a melhor oportunidade da equipa. 

PEDRO MOREIRA - vem já de uma série longa de jogos muito bem conseguidos, mas desta feita não esteve ao nível habitual. Algo perdido na zona intermédia.

MICHAEL SERI - outro jogador que esteve aquém. Bem substituído.

TOZÉ - a garra do costume, no entanto não conseguiu desequilibrar e perdeu muitos duelos individuais.

KELVIN - presa fácil para o lateral Gabriel e só uma ocasião conseguiu ultrapassar o jogador contrário e centrar com relativo perigo no lado esquerdo do ataque.

DELLATORRE - teve pouca bola e quando é assim, é complicado...

SEBÁ - tal como o Kelvin, também jogou os 90 minutos e este ainda esteve um pouco abaixo do seu compatriota. Procura constantemente diagonais da direita para o meio. O problema...é que as fazia com marcação em cima e com um raio de acção muito curto.

SÉRGIO OLIVEIRA - não veio acrescentar quase nada, no entanto há que registar um ou outro bom apontamento individual.

VION - assim que entrou protagonizou um excelente arranque na esquerda, mas depois foi desaparecendo aos poucos...

FÁBIO MARTINS - entrou nos descontos. 



Por  dragão Orgulhoso

domingo, 24 de fevereiro de 2013

ABC 20 - 28 FC Porto - Mais um passo rumo à inédita dobradinha








O FC Porto visitou e ganhou no sempre dificil campo do ABC, garantindo desta forma a presença na final-four da Taça de Portugal que se realizará no inicio de Junho em Tavira. A disputar este titulo com os nossos tetracampeões estarão o Águas Santas, o Sporting e o benfica. 




Num jogo que se previa equilibrado, o inicio foi de facto como esperado. A um golo nosso, o ABC respondia na mesma moeda. Os empates eram constantes (1-1, 2-2, 4-4, 5 -5). A nossa defesa apresentava-se concentrada, defendia agressivamente (umas vezes em 5-1 outras mesmo em 6-0). O ABC mesmo nesta fase tinha dificuldades em conseguir boas situações para rematar. Alguma sorte e mérito também permitiam à equipa bracarense manter-se na luta. 

Aos poucos e através dessa defesa agressiva e de rápidos contra-ataques (afinal um dos pontos fortes) a meio da 1ª parte íamos conseguindo mostrar a nossa superioridade, procurando sobretudo as finalizações de Ricardo Moreira. Quando não conseguíamos arrancar através do contra-ataque, o nosso ataque posicional ia mostrando igualmente provas de competência, principalmente com boas acções do nosso pivot e de Spínola que esteve acertado nesta fase.

A vantagem que até ali nunca foi superior a 2 golos no inicio, era agora de 4, 5 golos. Brilhantes os nossos atletas nesta 2ª metade da etapa inicial, ao seu melhor nível. Ao intervalo o marcador mostrava 9 - 14. 

O resultado ao intervalo era excelente mas a equipa bracarense não baixou os braços. Entrou muito bem depois do intervalo e beneficiando de uma série de exclusões nossas (chegamos a ter apenas 4 jogadores de campo a determinado momento e Elias António atingiu mesmo o limite de exclusões), conseguiu fazer um parcial de 3 -0 e encurtar a distância para apenas 2 golos. Soou então o alarme. Obradovic e os seus atltetas, como sempre nos habituaram, cerraram os dentes perante as adversidades e uniram-se ainda mais.

A esse parcial desfavoravel respondemos depois com igual score (4 -1). Estava reposta a vantagem confortável e a vitória estava cada vez mais perto. Os tetra campeões sentiam-no e o ABC mostrava-se impotente para quebrar a defesa montada pelo nosso treinador cometendo muito erros técnicos. A diferença de 8 golos no final mostrou isso mesmo.

Destaques individuais para Ricardo Moreira, excelente a finalizar os muitos contra-ataque, Wilson Davies muito constante durante todo o jogo e Spínola de mão quente no nosso melhor período.


Por: Paulinho Santos

FC Porto 2 - 1 Rio Ave: Carta categoria D. (Crónica de Breogán)

Carta categoria D.

Mais um jogo, mais uma vez no Dragão e mais um veículo pesado de passageiros. Fatal como o destino. É sempre a mesma coisa. Mudam as camisolas, mudam as competições, só não muda a categoria do veículo. Defende tudo atrás do círculo de meio campo e com dois ou três “ciclistas” prontos a disparar pela imensidão de relva que os distanciam de Helton.






Não menos costumeiras, são as dificuldades do FC Porto em tirar a carta de condução categoria D. A persistência do erro é quase solene. O reinventar do 4-3-3 quase sem extremos e sem um jogador criativo na zona interior, faz com que passar no código já seja um castigo, quanto mais na condução do pesado de passageiros. Basta o adversário ter um pouco mais de alma e/ou qualidade e está montado um bico-de-obra.





É necessário repetir sempre a mesma coisa a cada jogo no Dragão (e até fora dele)? Não é já por demais evidente que enfrentar jogos montados assim, sem amplitude no ataque e sem criatividade na zona interior, é como malhar em ferro frio? Para quê insistir em levar carta de condução categoria B, própria para um jogo mais “ligeiro”, mais aberto, mais fino, mais olhos nos olhos, quando o jogo ameaça mais um veículo pesado de passageiros para derrubar? Estes jogos exigem carta categoria D! Amplitude, velocidade e criatividade.

O onze inicial do FC Porto sofreu duas alterações em relação ao jogo da Champions frente ao Málaga. Face aos castigos de Mangala e Alex Sandro, Vítor Pereira coloca Maicon no eixo central da defesa e estreia Quiño a defesa esquerdo. Foram estas as únicas mudanças introduzidas na equipa, na ressaca da noite Europeia e frente a uma equipa bem “patrocinada”, como comprova a classificação.

Do lado vilacondense, as mudanças são mais profundas. Com a ausência por castigo do avançado centro do Rio Ave, Nuno aproveita para meter no onze inicial mais um ciclista: Braga. Reforça o meio campo com Filipe Augusto no lugar de Diego e a defesa com Marcelo e Lionn.






O jogo começa com um FC Porto mandão, mas sem conseguir criar oportunidades. Até é o Rio Ave a primeira equipa a construir um lance ofensivo com perigo. Aos 7 minutos, Ukra leva de vencida Quiño e obriga Maicon a corte providencial. O FC Porto responde ao 14 minutos, com Varela a servir Lucho no coração da área. O capitão remata de primeira, mas frouxo e à figura de Oblak. Responde o Rio Ave, aos 18 minutos, com Marcelo a cabecear ligeiramente ao lado, após um canto.





O FC Porto controla a bola, mas não fura a defesa vilacondense e só volta a criar perigo aos 27 minutos de jogo. Centro tenso de Varela na esquerda, remate na passada de Izmaylov, que é desviado em Edimar, enganando Oblak, mas acaba por sair ao lado.

No minuto seguinte, um dos momentos do jogo. Trabalho de Izmaylov no interior da área do Rio Ave e Filipe Augusto a pisar ostensivamente o pé do jogador do FC Porto. Avança Jackson para a marcação, mas falha. Tentativa frustrada de marcar à Panenka, em remissão do penalti falhado frente à Olhanense. Acabou por sair pior a emenda que o soneto e o público do Dragão fez questão de expressar o seu descontentamento.

Ainda atordoado pela oportunidade perdida, o FC Porto permite ao Rio Ave começar a contra-atacar. Aos 35 minutos, Bebé foge a Danilo, mas não consegue acertar o último passe para Braga. Ficava dado o aviso. Até que, aos 37 minutos, balde de água fria no Dragão. Passe longo de Edimar para Braga, com este a fugir à marcação de Maicon. Helton é lento e pouco decidido a sair da baliza, aproveitando Braga para passar pelo guarda-redes do FC Porto com um chapéu. Restava evitar a dobra de Maicon e rematar para a baliza deserta. Um 0-1 que trazia à memória o jogo frente à Olhanense.

O FC Porto reage ao golo sofrido e atira-se ao ataque. A equipa sente a pressão das bancadas e a nova exigência que o marcador dava ao jogo. Aos 44 minutos, Lucho remata do meio da rua, após combinação com Quiño, para defesa apertada de Oblak.






Um minuto depois, Quiño ataca a área vilacondense e vê o seu centro a ser desviado por Marcelo, com a mão, na grande área do Rio Ave. Para a marcação, avança de novo Jackson. Desta vez, opta por uma cobrança mais precisa e directa e recoloca o marcador empatado.
Uma benesse que caiu que nem ginjas antes do intervalo. O FC Porto poderia respirar e sem tanta pressão, enfrentar o segundo tempo de forma a conseguir a vantagem no marcador.





O intervalo é bom conselheiro. Vítor Pereira percebe que precisa de alguém que consiga baralhar as marcações do Rio Ave. Decide fazer entrar James para o lugar de Izmaylov. Com James, a equipa seria mais dinâmica no ataque e muito mais rápida na circulação da bola. No que respeita a Izmaylov, após a grande penalidade, cai muito de produção. Sofre um pisão violento no lance do penalti e é possível que estivesse limitado fisicamente.

O FC Porto entra num ritmo muito vivo e o Rio Ave sente dificuldades imediatas em suster o avanço portista. Logo aos 48 minutos, magnífica tabela ao primeiro toque entre Jackson e Lucho, finalizada com um remate colocado de Jackson, para defesa apertada de Oblak.

O Rio Ave ainda ensaia o contra-ataque duas vezes, ambas por Ukra, mas a saída de bola do Rio Ave seria rapidamente abafada por Fernando, na segunda parte.

A partir daqui, o FC Porto constrói uma série de lances em que poderia criar perigo, mas onde sempre faltou melhor definição para transformar esses lances em verdadeiras oportunidades de golo. O Rio Ave vai fechando-se atrás e começa a perder capacidade de se lançar no ataque. É, então, que Nuno tenta dar nova dinâmica à equipa, retirando Braga e colocando Tope em campo. Mais velocidade e mais músculo no ataque.

A resposta de Vítor Pereira acaba por ser decisiva para o jogo e para o resultado final. Aos 67 minutos, retira Lucho e coloca Defour em campo. Numa primeira fase, Defour coloca-se na zona central e a substituição não traz melhorias notórias à equipa. É, então, que Defour é colocado no flanco direito, libertando James para a zona central. Com a tenacidade de Defour no flanco, o jogo flanqueado do FC Porto ganha uma nova vida e com James livre para criação de jogo ofensivo, o FC Porto torna-se muito mais imprevisível.

Seria esta troca posicional a ser a chave do jogo. Ao minuto 77, James centra da esquerda para a diagonal de Jackson. Excelente antecipação do Colombiano a Nivaldo e com dois toques (recepção orientada e remate de pronto) coloca o FC Porto na frente do marcador. Um golo só possível pela liberdade concedida a James.






Até ao final, Vítor Pereira, e muito bem, decide segurar o resultado, fazendo entrar Castro para o lugar de Varela aos 87 minutos. Ainda houve tempo para Jackson tentar marcar mais um. Mais uma excelente desmarcação, após passe longo de Helton, a forçar Oblak a uma defesa de recurso e só com uma mão. Na recarga, nem Defour, nem Castro, conseguiram encontrar o caminho da baliza.






No final do jogo, Vítor Pereira aludiu ao desgaste emocional do jogo frente ao Málaga como atenuante para abordagem ao jogo e, sobretudo, para a primeira parte francamente má efectuada pela equipa.

Não lhe nego razão, sublinho até, mas não deixa de ter o sabor do discurso político doméstico vigente. Quando corre mal, a culpa é da Europa (leia-se competições Europeias), quando corre bem, é mérito do governo (leia-se gestão de grupo).

Na verdade, começamos o jogo com carta de condução categoria B para um veículo pesado de passageiros vilacondense. Com James a 10 e um Defour a dar uma alma nova ao flanco direito, passamos a ter uma carta de condução categoria D e aí já demos a volta ao veículo pesado de passageiros. Lógico.


 Análises Individuais:

Helton – Fica mal na fotografia do golo vilacondense e já tem dessas fotografias em demasia esta época. No resto do encontro, foi um espectador.

Danilo – Teve algumas dificuldades perante Bebé, mas, rapidamente, ganhou o controlo sobre o seu adversário. Ofensivamente, continua demasiado disparatado no momento da decisão. Está bem longe daquilo que sabe.

Quiño – Foi uma boa estreia e fica ligado ao resultado ao forçar a segundo penalti sobre o Rio Ave. Foi um jogo que confirmou o que vem mostrando na equipa B. Tem um jogo ofensivo muito fluido, embora nem sempre o conclua com qualidade, sobretudo, nos cruzamentos. No plano defensivo, e na estreia pela equipa A, mostrou muita vontade em cumprir a sua tarefa, embora tenha que aprender a posicionar-se. Um lateral defende primeiro a baliza e só depois a linha de fundo. É este o seu maior pecado, ao não “orientar” com a sua colocação na jogada o avanço do extremo sempre para o flanco e nunca para dentro. Dito isto, deu-se melhor com Bebé, um jogador explosivo, que com Ukra, mais técnico e com escola.

Otamendi – Volta a fazer um jogo senhorial. Por ali, nada passou. Foi muito importante na segunda parte, com antecipações primorosas sobre Tope.

Maicon – Não foi um bom regresso, mas o golo de Braga é um nódoa imerecida na sua folha de serviço. Está algo pesado e lento de processos, mas soube controlar a sua área de acção, excepto no erro de cálculo que Braga aproveitou.

Fernando – Fez uma boa primeira parte e uma excelente segunda parte. Na primeira parte, não foi tão pressionante e deu algum espaço à saída de bola do Rio Ave. Na segunda parte, cai sobre Filipe Augusto e empurra o Rio Ave para trás. Ainda deu uma ajuda na circulação de bola lá à frente.

Moutinho – Mais um jogo de bom nível, embora sem as pincelas de brilhantismo extra. Se calhar, o jogador que mais açudou a jornada europeia, onde faz um jogo monstruoso. Muito atento nas compensações e sempre disponível para o transporte de bola.

Lucho – Mais um jogo de muita entrega, embora, algo apagado no ataque. Tentou o remate de fora da área, por duas vezes, e teve uma excelente combinação com Jackson no início da segunda parte. A equipa precisava de mais fluidez e é bem substituído.

Izmaylov – Algo complicativo na entrega da bola e no momento de decisão. Na verdade, nem foi o extremo que a equipa precisava, nem deu grande ajuda na criação de jogo na zona central. Sofre um penalti e poderá ter saído lesionado do lance. É que após essa situação, Izmaylov desaparece do jogo.

Varela – Muitas dificuldades para vencer a resistência dos laterais vilacondenses, mesmo quando tinha a vantagem do lance do seu lado. Ainda assim, é dos seus pés que saem os melhores lances da primeira parte. Está com um futebol demasiado curto para ser o extremo rompedor que o FC Porto tanto precisa em jogos como este.

Jackson – Como dizem os brasileiros, “brincadeirinha, né?!”. Tentou exorcizar fantasmas, acabou multiplicando-os à oitava potência. Ainda por cima, o público do Dragão cai-lhe em cima. Situação complicada! O Dragão zangado com quem pode ganhar o jogo.
Vá lá, na segunda tentativa mostra que percebeu a mensagem, faz por cumprir o seu papel e não tira de esforço (lá na segunda circular levantam-se dedos ou manda-se calar!). Assume o erro inicial na comemoração do golo e prova que os grandes jogadores são humildes perante as suas fraquezas. Para selar as pazes, marca o golão do costume. Faz um jogaço, não dando um momento de descanso aos centrais do Rio Ave e sai de campo não como vilão, mas como o melhor em campo.


James – Entra para falso extremo e não fez a diferença. Deriva para o centro e o futebol começa a ficar mais fluido. O dele e o do FC Porto. A discussão sobre a posição correcta de James começa a roçar o ridículo. Excelente assistência para o golaço de Jackson, jogando solto na zona central, a 10, portanto.

Defour – De todos os falsos extremos tentados neste jogo, foi o mais verdadeiro de todos. Com tenacidade, talento e vontade, flanqueou mais e melhor que Izmaylov e James. Entrou para a zona central, mas Vítor Pereira percebeu que tinha que trocar com James para chegarmos à vitória. Em boa hora o fez!

Castro – Entrou para segurar 3 pontos preciosos. É assim mesmo!




Ficha de Jogo:

FC Porto 2-1 Rio Ave

FC Porto - Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Quiñones; Lucho González (Defour, 67’), Fernando e João Moutinho; Varela (Castro, 87’), Jackson Martínez e Izmaylov (James, 46’).
Suplentes: Fabiano, Castro, James, Liedson, Abdoulaye, Kelvin e Defour.

Rio Ave - Oblak; Lionn, Nivaldo, Marcelo e Edimar; Tarantini, Wires e Filipe Augusto; Braga (Obadeyi, 66’), Bebé (Diego Lopes, 82’) e Ukra.
Suplentes: Rafa, Vilas Boas, Diego Lopes, André Dias, Del Valle, Tope e André Costa.

Marcadores:
0-1 Braga, 38’
1-1 Jackson Martínez, gp, 45’+2’
2-1 Jackson Martínez, 77’

Análise dos Intervenientes:


Vítor Pereira: 

«Jackson mostrou personalidade forte»

«Já tinha dito que ia ser um jogo complicado, depois de uma jornada europeia extremamente desgastante, sobretudo a nível emocional. Já esperava grandes dificuldades, frente a uma equipa com bloco baixo, a defender sem grandes espaços. É sempre difícil. Para defrontar estas equipas é preciso velocidade, decidir bem e rápido. Demonstrámos grande carácter, pois estes jogos a seguir à Champions são jogos de grandes dificuidade. Não é fácil manter as ideias frescas depois de um jogo de grande exigência. O Rio Ave jogou à espera do erro. Falhámos um penalty mas fomos atrás do resultado e conseguimos virar o resultado. Dou os parabéns à equipa, aos jogadores, pela entrega. Não foi um jogo de muita qualiade, já esperava isto, mas foi um jogo de carácter.»

Sobre o penalty falhado por Jackson 

«O Jackson e qualquer jogador tomam decisões pela cabeça deles. Não sou eu que defino os passes, nem os movimentos. Trabalhamos para os marcar. Decidiu assim, e depois mostrou personalidade forte ao querer marcar novamente. Foi mais um exemplo da união da equipa. Já fizemos o nosso trabalho, agoera ficamos à espera que os outros façam o seu.»

Sobre a exibição de Quiñonez 

«Tranquilo. Gostei.»

Sobre os 50 jogos na Liga, com apenas uma derrota 

«Não preciso falar muito. Prefiro falar da equipa. Tenho tido o privilégio de trabalhar com grandes jogadores, de grande carácter.»


Jackson Martinez:
Depois de ter falhado, Jackson pediu «desculpas» pela grande penalidade e demonstrou evidente alívio por depois ter conseguido marcar duas vezes. Uma delas de grande penalidade. «Agradeço a confiança dada pelo Lucho, demonstra o grupo que somos», referiu.

Sobre o jogo, Jackson confirmou que a equipa «tinha de entrar diferente na segunda parte», depois de nos primeiros 45 minutos o Rio Ave ter retirado os espaços ao campeão.




Por: Braogán
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