sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Massacre!?


Massacre!?

Dizem que foi um massacre
Ali aos pés d’Istambul,
E que tomaram a Mesquita Azul
Como se foss’o Acre!
E esse “cristão”
Trajado d’encarnado,
Se tivesse vingado
Sobr’as muralhas do Sultão!!


E já bem conquistada
A anterior Bizâncio,
Lhes sobejasse o ranço
Na vitória (já) aclamada!!
Mas eis que nist’o Turco
Nos pés dum Português,
Já se lhes mete três
Ao cerco!!
E não é qu’a derrocada
De tal “massacre”,
Já nisto dá empate
Na frente armada!?
Que s’a batalha
Dura mais um instante,
O baluarte tom’o sitiante
Em tal muralha!?
E no choro convulsivo
Por tal desfecho,
(Que se diz por desleixo)
Há um cativo!!
Que por clamar Vitória
Antes do tempo,
Já está num sofrimento
D’escapatória…
E s’antes celebrou
No último suspiro,
Eis que nist’o justiceiro
Soçobrou!
E se nada conquista
Em terra turca,
Sabe-se qu’aqui a luta
Está mais que vista!
Aqui não há mesquita
Pr’a se tomar;
Aqui só há qu’orar
Como um jesuíta!
Há sempre uma capela
Num promontório,
E nesse oratório
A “ele” s’apela!!
Aqui o “turco”
Já foi vencido,
E o “culto” convertido
No seu sepulcro!
Aqui o “bom cristão”
Tem a tez moura,
E nunca como agora
Há conversão!
Milhões de crentes
Nesse tal credo,
E um clima de medo
Aos inocentes…
Ou és da religião
Da grande doutrina,
Ou ficas c’a disciplina
Da Comissão!
Se falas contr’a Igreja
De tais capelas,
Nem vale se nisto apelas
Em tal peleja!!
Vais ser condenado
Na praça pública,
E nem te val’a súplica
De seres roubado!!
Ninguém pode atentar
Contr’o “bom juízo”,
Qu’isso dá prejuízo
Por se duvidar!?…
Qu’este Império
É maior qu’o Otomano,
Que nele o samaritano
É um homem sério!!?
Em tantas idas e voltas
P’lo mundo afora,
Nunca como agora
Vi tais notas soltas…
Sempr’o mesmo registo
De nomeação;
E sempre o "campeão"
Estar já previsto!!
Um massacre evidente,
Ao intervalo…
E no fim um grande galo,
E a mesma gente…
Joker

Sem comentários:

>