domingo, 8 de janeiro de 2017

O Porto somos nós!



O Porto somos nós!

Nós que sofremos, 
Que não dormimos...
Que tudo sentimos...
O Porto somos!!

Nós que escrevemos 
C'um aperto no coração,
Para expurgar a emoção 
Que já não somos...

Nós que, incrédulos, 
Perante o roubo!
Vemos, de novo,
Os velhos métodos!?

Nós, que vibramos 
Ao ver tais cores, 
E nestes jogadores 
Não acreditamos...

Nós, que lutámos
Contr'o apito, 
Contra tal mito 
Nos conformamos...

Nós qu'os ouvimos, 
Aos lampiões,
Entoar canções 
D'ofender os tímpanos!!

E nas redes sociais, 
Nós qu'os toleramos,
Tantos "Gaspar Ramos",
Que cada vez são mais!?

É vê-los a "renascer"
Da casca da arrogância,
Pr'a mostrar a militância 
No que vai acontecer...

Vê-los campeões
A reservar "Marqueses",
E ter que ouvi-los por meses 
Em serões...

Nós, que somos Porto,
E que nos envergonhamos, 
Porque ainda sonhamos
Um pouco...

Mas a decrepitude, 
E o sistema, 
Fazem-nos dignos de pena 
Na falta d'atitude...

Montou-se o esquema 
Na arbitragem,
E não houve coragem 
Pr'a resolver o teorema!!

O "Apito Dourado"
Acabou connosco, 
E o homem no seu posto
Ficou amordaçado!

Este país de lampiões 
Tomou de pont'o azul,
E agora imper'o "sul"
Pelas próximas gerações!?

Agora de pleno,
Estamos completos!
O país resgat'os netos 
Ao clube "pequeno"...

O "grande" benfica
É a nação!
Um clube campeão 
Que tudo significa...

É est'a sensação 
De que fomos tomados,
Conquistados 
Por rendição...

Tod'as forças vivas
Deste quintal, 
Conhecido por Portugal,
Foram-nos nocivas...

Tudo se conjugou 
Pr'a se nos destronarem,
E agora vingarem 
O qu'os apoucou!!

São os "gloriosos" 
Dos tempos de Salazar, 
E quem quer acreditar 
Que disso não são saudosos?

Democracia?
Somos um país de fascistas!
Gostamos das grandes "conquistas"
Da tirania!

Salazar 
É o português de sempre!
E moldou tal gente 
Em tal governar...

Veja-se a liberdade
Nos ditos jornais,
Que são todos iguais 
A contar a verdade!?

Há um caminho único
De prosperidade
O da mocidade 
Por tónico!

O Porto somos nós,
Os minoritários!
Os eternos refractários 
A estarmos sós!

Poucos mas valentes,
A crer noutra história, 
E ver na nossa glória 
A derrota de tais gentes...

Muitos, são milhões, 
Que muito amargaram,
E agora já disparam 
Os seus canhões!

A raiva incontida 
Da derrota dos "maiores",
Fá-los "superiores"
Na investida!

Agora é tudo deles,
E só nos resta aguentar!
E na derrota, sublimar
Tais males...

E quem sabe um dia volta
O nosso D. Sebastião,
E ressurge outro Dragão,
Com outra escolta!

De armas em riste (e) 
C'a coragem em tal voz, 
Porqu'o Porto somos nós,
Alguém (ainda) resiste!!...

Joker

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